Foster decepciona o PiG. A Petrobras tem bala !
Saiu no PiG (*) cheiroso:
Petrobras tem caixa para pagar bônus de Libra, diz presidente
“A Petrobras tem caixa para pagar os R$ 6 bilhões sem o reajuste [do preço do combustível], sem precisar [de aporte] do Tesouro Nacional”, afirmou, após reunião de cerca de três horas com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Brasília. “A Petrobras não precisa de aporte hoje”.
(...)
Foster se reuniu por três horas com Ministro Mantega da Fazenda, nesta quarta-feira.
À saída, disse que não tratou de aumento de combustíveis.
E que o caixa da empresa está muito bem.
O Ministro da Fazenda é o Presidente do Conselho da Petrobras.
Na televisão, a entrevista de Foster foi ainda mais esclarecedora.
Firme e forte, ela enfrentou um pelotão de repórteres pigais (*) que, com perguntas desinteressadas, tinham como objetivo:
- aprovar o imediato e brutal reajuste da gasolina e, portanto, uma explosão da inflação;
- demonstrar que, sem o reajuste imediato e brutal dos combustíveis, a Petrobras não tem caixa para pagar o bônus de assinatura de R$ 6 bilhões;
- logo, a Petrobras não tem bala para ser operadora única e explorar 40% de Libra;
- logo, o sistema de partilha e a PPSA tem que ser revista – como prevê o jenial Padim Pade Cerra.
Foster afundou os repórteres do PiG na P-55.
Em tempo: o Valor, o PiG cheiroso, não desiste de reformular o regime da partilha. Na edição desta quinta-feira, oferece a sua página de Opinião a advogados (epa !) “focados na área de petróleo e gás”, que espinafram a “operadora única”, ou seja, o papel legal da Petrobras, conferido pelo Congresso Nacional..
Talvez não fossem tão incisivos se a operadora única fosse a Chevron, como preferiu o Cerra, no WikiLeaks, logo ele que, agora, espinafra o leilão.
Os “focados” advogados também criticam o papel da PPSA.
Pois é, amigo navegante, como demonstrou o Saul Leblon, o papel da PPSA é exatamente esse: contrariar advogados “focados” e cuidar da repartição social dos frutos do petróleo. Assunto “focado” por dois presidentes trabalhistas …
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.