Bradesco está confortável com Dilma. PiG , não !
Depois de a Luiza Trajano afogar o Diogo Mainardi no copo vazio da inadimplência, e os bancos, segundo o PiG (*) cheiroso, o Valor, expelirem ódio a Dilma, o Vasco telefonou para recomendar imperdível entrevista do Luiz Carlos Trabuco, Presidente do Bradesco.
Note, amigo navegante, a incredulidade do entrevistador, Assis Moreira, quando Trabuco reafirma que a inadimplência caiu, e que o Bradesco e o setor financeiro estão "confortáveis" com a Dilma.
Ninguém quer ficar fora do Brasil, diz Trabuco.
Ninguém, não !
O PiG todo, se pudesse, se mudava para a Manhattan Connection …
Como diz aquele amigo navegante: lá na redação do Manhattan eles se acham no centro da Metrópole. Acaba o programa, tomam o elevador e, quando chegam ao térreo, são mais um cucaracha anônimo de Nova York !
O Mainardi deveria entrevistar o Trabuco !
Trabuco prevê retomada dos bancos privados
Assis Moreira
Valor: Como o senhor vê a economia brasileira este ano? Parece existir um certo pessimismo entre alguns bancos?
Luiz Carlos Trabuco Cappi : Acho que em 2014 o Brasil vai crescer mais do que em 2013. É evidente que não será um crescimento espetacular, mas suficiente para gerar um número de empregos para repor o índice de empregabilidade que nós temos. Um dos maiores bônus que nós temos é esse quase pleno emprego. E esse quase pleno emprego está se refletindo nos índices de inadimplência.
Valor: Estão caindo?
Trabuco : Sim, estão no menor nível dos últimos cinco anos, de 3,9% da carteira total de empréstimo da pessoa física. Esse baixo índice de inadimplência tem dois reflexos. O emprego está forte, a empregabilidade é um ponto elevado no mercado de consumo. E ao mesmo tempo houve o aumento muito grande do crédito consciente. Há uns dois anos, quando o Brasil mudou o crédito de 40% para 50% do PIB, se discutia muito se haveria excesso de tomada de empréstimos, mas a realidade provou que não. E o produto que mais cresceu no ano passado foi a caderneta de poupança. O que significa? Que o crédito consciente, a disciplina, está realmente imperando. Quando cresce a caderneta de poupança do pequeno e médio depositante e a inadimplência cai, significa uma boa direção.
Valor: A inadimplência diminui mais ou estabiliza este ano?
Trabuco : A queda foi muito grande, este ano [a tendência] é de estabilizar.
Valor: Agora, o mundo, a economia global, está em transição...
Trabuco : Sim, e é uma transição de retomada da economia dos Estados Unidos e isso não passa despercebido porque faz com que haja mudança de patamar dos juros.
(…)
O Brasil não é um país pobre, é um país desigual. Não é um país improdutivo. Nós temos problema de competitividade, mas o país é produtivo. No ano passado, foram quase 200 milhões de toneladas de produção agrícola, este ano o clima está ajudando e podemos sonhar com outras 200 milhões de toneladas de produção. Se o país é produtivo, é uma economia diversificada, somos a sétima economia do mundo, não tem por que estar errado.
Valor: Valor: Estamos em um período pré-eleitoral. Não pode haver retardo em reformas que foram iniciadas?
Trabuco : A fase que estamos vivendo agora, e o governo tem nítida consciência disso, é que agora é plano de ação, é plano de crescimento, motivação dos capitais para investir no Brasil. E aí temos de ser mais amigáveis ao investidor estrangeiro, porque, se fizermos o capital nacional e estrangeiro funcionar no Brasil, damos um salto de qualidade. As concessões, foram várias no segundo semestre, o que significam para o Brasil? O Estado, por mais forte que seja, não tem recursos para fazer todos os investimentos para a infraestrutura, e necessita dos capitais privados. Aquela velha tese de Parceria Público Privada não significa um Estado menor, significa um Estado mais eficiente. E quando uma empresa, um investidor ganha o direito de explorar uma concessão, temos dois objetivos. Ele desonerou o Estado do montante do investidor e passa a ser um pagador de impostos na próxima etapa.
(…)
O Brasil está na rota de investimento. O investidor pode ficar preocupado porque em momentos de transição econômica ou quando a inflação recrudesce um pouco, quando o câmbio dá uma mexida, o investidor é sensível. Agora, ninguém quer ficar fora do Brasil. Porque a democracia brasileira, o Judiciário, as instituições, a harmonia social, independente dos problemas que possam existir, tem uma coesão. O Brasil tem um projeto de país. E isso, independentemente da eleição, que você colocou, esse é o direcional. As empresas brasileiras estão trabalhando duro há décadas para aproveitar este momento. Agora tem outro lado, que a gente percebe nas pequenas coisas, é que o Brasil tem passado por uma revolução de recursos humanos. A qualidade do pessoal melhorou, as universidades públicas ou privadas... Aliás, essa dicotomia é discussão vencida. Contrapor banco público a banco privado, saúde pública a saúde privada, educação pública ou privada é discussão ideológica. A sociedade quer é agentes públicos ou privados eficientes. A presidente Dilma tem consciência disso, agora é foco e capacidade de entrega.
Valor: O setor financeiro está com a presidente Dilma ou se sente menos confortável com ela?
Trabuco : Não, nós estamos confortáveis...
Valor: O Bradesco ou o setor financeiro?
Trabuco : O setor financeiro... O setor é um agente do governo na gestão da moeda que está na propriedade dos nossos clientes. O nosso alvo é ter um Brasil que cresça com redução de desigualdade, expansão do PIB, aumento da renda per capita. Porque na proporção que vamos criando um sociedade afluente, tem uma longa trajetória para isso. Uma sociedade afluente é uma sociedade democrática, ela dá oportunidades iguais.
Valor: Ou seja, o setor financeiro está confortável com a presidente...
Trabuco : Ah, está confortável.
Valor: E apoiaria ela?
Trabuco : Isso, apoio, eu diria que não opinamos sobre isso. Agora, eu diria que a presidente Dilma tem um plano de governo, ela tem um direcional, ela é a favor do Brasil e nós somos a favor do Brasil.
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.