No verão, o PiG tenta o Golpe do "apagão" !
Faltou energia por 30 minutos em onze estados, por conta de um curto circuito de origem ainda desconhecida.
O Governo não acredita - por enquanto - que a culpa seja do forte consumo derivado do intenso calor deste verão.
É o bastante para o PiG (*) tentar, como faz em todo verão, o Golpe do Apagão.
Como se sabe, Apagão de verdade foi o do Príncipe da Privataria, que roubou dois pontos percentuais do PIB, tomou R$ 600 de cada brasileiro, e ajudou a eleger o Lula em 2001.
Aquilo é que foi apagão.
Não durou meia hora.
Durou seis meses.
Como sabe do efeito eleitoral de um apagão - que a Urubóloga antecipa todo ano, com a proximidade do verão - o PiG se lança às águas dos reservatórios ralos.
Não vai haver racionamento, apagão ou nada que impeça a Dilma de se re-eleger, como se depreende do que disse o Tolmasquim ao Conversa Afiada.
Esse é o tema da manchete dos três pigais jornais.
E tema de um interessante editorial do Valor, o PiG que foi cheiroso e hoje recende a confinamento de suínos:
- é culpa é de falhas na política do Governo, que atrasa as obras nos rios Madeira - Santo Antonio e Jirau - , e no Pará, Belo Monte.
Interessante.
Por que o notável editorialista não manda um e-mail à Bláblárina e aos bagrólogos instalados no Ministério Público, no Ibama, na Funai ?
E por que não convida para um debate o James Cameron, aquele que se vestiu de índio para dinamitar Belo Monte ?
Clique aqui para ler sobre "Teles Pires e a questão do fio d'água".
O notável editorialista pigal observa que não adianta nada essas hidrelétricas ficarem prontas se não houver linhas de transmissão.
Um jenio !
É o mesmo que dizer "não adianta a Dilma fabricar automóveis se não fabricar rodas ... !"
E quem disse que não vai haver linha de transmissão ?
Não havia no apagão do FHC, quando o Malan e o Padim Pade Cerra - o planejador-mor - não deram dinheiro para trazer a energia que sobrava no Sul (o que fez a vida da Dilma, secretária de Energia do Rio Grande ...).
O notável editorialista também critica a política da Presidenta de reduzir a tarifa de energia.
Um rombo fiscal !
É a velha lorota do "equilíbrio fiscal" que os neolibelês (**) perseguem, em vão ...
Até as aguas de março, os Golpistas do Verão vão se divertir !
Para tudo se acabar na quarta feira.
Em tempo: o Ataulfo Merval (***) está de volta ! Ôba ! Nesta quarta-feira ele oferece um raciocínio de espantar a Academia: "O apagão parecia dar razão ao Dudu, quando ele afirma que 'o Governo saiu dos trilhos' ". Enfim, além do Zé Simão, alguém, o Ataulfo, entende o que o Dudu e a Bláblá querem dizer. São uns jenios. Os três ...
Conclui o agudo analista atúlfico: "... as oposições estarão mais próximas entre si (sic) na disputa presidencial do que nunca estiveram"... Sim, e no primeiro turno ? O Aécio vai tirar o time de campo ? O Eduardo vai desistir para entregar o doce ao Aécio ? Ou ele sugere que os dois vão se unir no segundo turno, se houver ? Um jenio ! Descobriu que o Dudu e o Aécio são da mesma sopa, como diria o Mino ! Ele voltou ! Ôba !
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(***) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.