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Bancos controlam o BC. É "carta-forte" do Dudu

Transferir o poder do voto aos economistas de bancos...
publicado 23/04/2014
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Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso, na seção "Política", em artigo de Rosângela Bittar:



"Estou trabalhando internamente para colocar no programa a autonomia legal (do banco Central). Acho um sinal importante para a retomada (sic). Estamos tendo tantos problemas no Brasil que é preciso colocar uma carta forte na mesa. Eu acho que essa é uma carta forte importante".

Navalha

Sem dúvida: fortíssima.

Não fosse o Banco Itaú geneticamente ligado à vice Bláblárina.

Não fossem os bancos centrais do mundo inteiro reféns dos bancos privados.

(Sobre a matéria, o Dudu, tão sabido, deveria ler esse pequeno artigo de Philip Legrain, que foi assessor econômico do presidente da Comissão Européia. Ele demonstra cabalmante como funciona a independência de um Banco Central - para servir aos bancos comerciais. No caso, os bancos comerciais da Alemanha, que quebraram o Sul da Europa, para não cancelar creditos podres...)

"Autonomia do Banco Central" é um um dos pilares do pensamento neolibelês (**).

Significa, em última análise, transferir o poder do voto, da soberania popular, para os bancos.

Para os economistas dos bancos - esses que "votam" na pesquisa da Focus, que, agora, dizem que a Dilma vai estourar a meta (os trabalhistas sempre cumpriram a meta de inflação. Quem não cumpria, sistematicamente era o Príncipe da Privataria.)

Dudu aposta no desmanche do Governo Dilma.

E na notória fragilidade do candidato tucano.

Dudu se candidata a ser o ventriloquo da Casa Grande.

E de Tio Sam, não é isso, Bessinha ?

Ou não foi o PSB que, em peso, pediu a CPI da partilha da partilha ?

 




Em tempo: liga o Vasco, navegante de longo percurso:

- O Dudu se refere a carta-forte ou caixa-forte ?

Pano rápido.


Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.