Lula ataca as elites: "classe social" vai à eleição
Saiu no Globo Overseas:
Na Bahia, Lula diz que Dilma será reeleita ‘para desgraça das elites’
Dilma será reeleita para a "desgraça das elites", disse o Nunca Dantes, na Bahia.
Disse também: "acho estranho que em toda época de eleição aparece alguém com uma denúncia contra a Petrobras, que desaparece logo depois da eleição. Eu tenho, às vezes, a impressão de que tem gente querendo fazer caixa dois fazendo denúncia contra a Petrobras".
Sobre o "xhoque de jestão" (é assim mesmo, amigo revisor, com "x"e "j"- PHA) do Arrocho Neves, aquele que é contra o salário mínimo, "é a maior balela... Toda vez que alguém fala em xoque de jestão, o resultado é corte de salário e dispensa de trabalhador", ele disse.
E Lula se sente muito orgulhoso de um operário metalúrgico ter devolvido a auto-estima do brasileiro.
Na campanha de 2006, Lula trouxe à eleição a questão do nacionalismo vs entreguismo.
Quando acusou o Alckmin de querer vender até o jatinho da presidência.
O Alckmin, então, vestiu o boné da Petrobras e a jaqueta do Banco do Brasil...
Se alguém ainda não percebeu, vale a pena prestar atenção.
O Lula trouxe a questão da classe social à campanha de 2014.
A sistemática acusação - verdadeira e, por isso eficaz - de que "as elites" são contra o povo e, portanto, contra a Dilma vai devolver a campanha a antigo leito: o trabalhismo contra os "marmiteiros" da UDN de Eduardo Gomes, Príncipe da Privataria, Padim Pade Cerra e, agora, o Arrocho Neves.
Vestir a carapuça da UDN no PSDB, sua versão contemporânea.
E nunca ganhou eleição.
Mas, sabe dar Golpe.
A certa altura, especialmente em São Paulo, o PT evitou denunciar a "luta de classes".
O acirramento do Golpe - com a fúria crescente do PiG (*) -, obrigou o Haddad, o Padilha e, agora, o Lula, mostrar que a elite é contra o povo.
O PT parecia temer assustar a elite tucana - encastelada no PiG , na Academia e no Fasano.
Como em 2006, a polarização vai dar certo.
Porque é verdade.
A elite brasileira é contra o povo.
E a de São Paulo, segundo o Mino Carta, é a mais atrasada de todas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.