Arrocho e NauFraga: vem aí a fuga de capitais !
O amigo navegante há de se lembrar da campanha de 2002, que resultou na derrota fragorosa do candidato do Príncipe da Privataria e a vitória do Nunca Dantes.
O fragorosamente derrotado, o Padim Pade Cerra, escondeu o Príncipe na campanha...
Naquela altura, a Regina Duarte tinha muito medo, o banco americano Goldman Sachs criou o “Lulômetro” - o risco-Brasil subia com a ascensão de Lula nas pesquisas – e o Padim Pade Cerra e o Príncipe da Privataria advertiam que a vitória de Lula significaria “argentinizar” o Brasil, ou seja, haveria uma fuga em massa de capitais.
Foi aí que o Duda criou o “a esperança vai vencer o medo”.
Aquele, sim, foi o discurso do medo, do pânico, da disseminação do caos – ingredientes que caracterizam a ideologia dos que perderam a hegemonia no “mercado de ideias”- ou seja, se você não segue a teologia neolibelês (*) vai promover o caos e a desordem econômica.
A realidade pós-2008 e o Piketty desmoralizaram esses profetas da catástrofe.
O melhor exemplo, aliás, do que os Estados Unidos e sua intervenção neoliberal podem deixar de legado neste inicio de Século é a obra civilizatória que construíram … no Iraque !
Agora, renasceu aqui o “reginaduartismo” dos nossos neo-cons, na voz de Armínio NauFraga, o dos juros de 45%, em suave e hospitaleira entrevista ao Valor, o PiG (**) cheiroso, que a Dilma não lê – como também não vê a Globo, a corneta do caos:
"O arrocho já está sendo feito pela inflação"
Armínio - … o grau de incerteza hoje é tal que as pessoas estão pensando em investir fora do Brasil, estão pensando até em sair do Brasil. Há um medo que vai além da economia, é medo político também. Há uma sensação de medo que as pessoas não têm coragem de manifestar abertamente. Medo de uma atitude contra a liberdade de imprensa, contra a democracia.
Em tempo: por que o Armínio NauFraga não vende a participação nos negócios que tem na soja de Mato Grosso e com o Binho Ometto e foge com o dinheiro para o Citibank de Bagdá ?
Em tempo2: NauFraga é o guru do Arrocho Neves, especialmente depois que anunciou dar uma cacetada na política do salário mínimo.
Por falar em Arrocho: ele deveria se submeter a um exame laboratorial, público, sobre se consome drogas pesadas.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.