Dilma demite Bonner
O Bonner achou que a Dilma era o Aécio ou o Eduardo e ia empurrar a Dilma contra a parede no debate de 15' no jn.
Deu-se mal.
Numa televisão séria, Bonner teria voltado para o Rio sem emprego.
Dilma não se deixou emparedar e assumiu o controle de todas as respostas.
Empurrou a questão da corrupção pela goela abaixo dos tucanos - que sobrevivem no jn.
Lula e ela estruturaram o combate à corrupção. Deram autonomia à PF e ao MP.
No Governo dela e de Lula não tinha um Engavetador Geral da República.
A Controladoria Geral da União se tornou um orgão forte no combate ao malfeito.
Ela aprovou a Lei de Acesso à Informação (podia ter dito que o partido do jn, o PSDB, tomou como primeira providência ao chegar ao poder, com FHC, extinguir uma Comissão de Combate à Corrupção).
(Aliás, Bonner disse, na abertura, numa gaguejada, que o PSB era o PSDB ... Lapso freudiano ...)
Dilma ressaltou que nem todas as denuncias (do jn) resultaram em crimes comprovados.
Bonner tentou jogar a mais óbvia casca de banana: obrigar a Dilma contestar o julgamento do do STF sobre o mensalão.
Ela tirou de letra: Presidente da República nao discute decisão de outro Poder.
Bonner insistiu.
Deu-se mal.
A Poeta, finalmente, justificou a passagem, e invocou o Datafalha para dizer que o problema do brasileiro é a Saude.
Dilma enfiou-lhe pela garganta o sucesso retumbante do Mais Médicos, que atende 50 milhões de brasileiros.
Bonner revelou sua aflição, mal se continha na cadeira, bradava "a Economia !", "a Economia !", como se fosse sua bala de prata.
Dilma continuou, no comando dos trabalhos, a falar do problema da Saúde.
Quando bem quis, concedeu ao Bonner o direito de falar sobre a Economia !
E ele veio com xaropada da Urubóloga.
(Interessante que o Bonner pensa que ninguém percebe que a pergunta dele, na verdade, é uma longa exposição daquilo que ele quer que o espectador pense que seja a verdade dos fatos. Ele quis falar mais que a Dilma. Ele se acha...)
Inflação explodiu !, disse o entrevistador/candidato.
Sobre a inflação, Dilma mostrou que ele não sabe nada.
A inflação é negativa.
Todos os indices estão em ZERO !
Sobre o crescimento, falou uma linguagem que o Bonner ignora: "indicadores antecedentes".
Os dados de hoje sobre o consumo de papelão e energia indicam elevação do PIB no segundo semestre.
Dilma estourou os 15 minutos.
Continuava a falar, enquanto o Gilberto Freire com "I" (*) devia berrar no ponto do Bonner "corta ela !".
E ela na dela.
Terminou por dizer que nao foi eleita para fazer arrocho salarial. Ou para provocar desemprego.
"Corta !", devia berrar o "ï" no ouvido do Bonner. "Corta ! Não deixa ela falar !".
E ela, na dela: "vamos continuar a fazer um país de classe média, como o Presidente Lula começou a fazer."
"Corta, Bonner !", no ponto.
"Eu acredito no Brasil", disse ela, como se conversasse com o neto, numa tarde de domingo.
Só faltou dizer: "Bonner, eu não sou o Aécio, o Eduardo e muito menos a Bláblá".
"Pode vir quente !, meu filho. Esse teu dedo indicador só assusta a Fátima !"
Paulo Henrique Amorim
Em tempo: Da Agência Brasil:
Criação de empregos formais cresceu 3,14% no ano passado
Dados divulgados hoje (18) na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostram que o número de empregos formais cresceu 3,14% no ano passado em relação a 2012. Segundo a Rais, em 2013, foram criados 1,49 milhão de novos postos de trabalho formais.
O resultado está acima do do ano anterior, quando o incremento ficou em 2,48%, o que correspondeu a 1,148 milhão de empregos estatutários e celetistas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que 2013 foi o ano com menor taxa de desemprego, 5,4%.
O aumento no número de postos formais de trabalho foi puxado pelo crescimento de 4,85% na criação de vagas de estatutários, o equivalente a mais 414,7 mil empregos. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, esse aumento é devido à troca de servidores municipais, com a posse dos novos prefeitos, em 2013.
(...)
(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.