Dilma: o problema é o método
Quem sabe falte um Ministro da Politica
publicado
28/11/2014
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O Conversa Afiada reproduz desabafo de amigo navegante que acompanha a montagem do ministério do segundo mandato:
De fato, passei em revista os últimos quatro anos e concluí que grande parte das dificuldades de quem apoia a Dilma decorreu das indecisões, idas e vindas e recuos dela.
Não sou governista nem oposicionista paulista.
Os professores e ex da USP publicam manifesto contra as indicações dizendo que falam em nome dos intelectuais do Brasil.
Doce ilusão.
Não falam em nome nem da USP ...
O FHC diz que a Dilma não tem apoio no país moderno, ou sei lá que nome ele tenha dado a São Paulo, sem lembrar que Dilma ganhou no segundo e terceiro maiores colégios eleitorais do país – Minas e Rio.
E, que me conste, nem Santa Catarina nem Paraná fazem parte do Brasil esclarecido.
Não estou desapontado como os petistas paulistas.
Nem, no fundo, traído, como os conservadores aecistas paulistas, com a indicação de uma das joias da coroa – Joaquim Levy.
Nem com a Katia Abreu.
O método vacilante de escolher e indicar é que foi uma lambança.
Ela recuou e disse que só indicaria depois que o Congresso votasse a mudança na LDO, e sei lá se ela não vai recuar com a Katia.
Assim como, provavelmente, vai acabar apoiando o Eduardo Cunha, depois de abrir guerra contra ele e estar perdendo.
Isso é só nos últimos 15 dias.
A contabilidade do mandato é igualmente ruim.
Acho que o governo precisa levar alguns trancos não “paulistas”, com os quais nada tenho em comum.
Tenho a conclusão provisória de que ela só sabe mandar, mas não tem jeito para liderar.
Por isso, precisa dar broncas a três por dois, quando alguém como Lula (ou qualquer líder, pode ser JK, Getúlio, ou mesmo FHC) só precisava torcer o nariz.
Vamos aguardar, por certo...
Quem sabe, como diz você, falte um Ministro da Política.
Porque, como diz você, escolher o da Fazenda foi fácil …
De um não-paulista apreensivo