Dilma promete ajuste a banqueiros. E à CUT ?
Como diz o Lula Vargas da Silva, Direita na Economia e Esquerda na Política !
Nessa terça-feira, 2/12, Dilma enviou aos banqueiros americanos do J P Morgan (catedral do feroz Capitalismo do início do Século XX) mensagem reconfortante: ajuste gradual, previsível, para garantir o emprego e a renda.
O Conversa Afiada já sugeriu ao Ministro Levy seguir o caminho - também - do Piketty: ajustar com imposto dos ricos...
E reinstalar a CPMF.
Quem sabe ele leu o Piketty ?
Aqui a tranquilizadora mensagem presidencial:
"Mensagem da Presidenta da República, Dilma Rousseff, por ocasião da Brazil Opportunities Conference
02 de dezembro de 2014
A economia brasileira passa por um momento de transição, no qual ainda sofremos os efeitos externos do lento crescimento mundial - inclusive, a redução dos preços das commodities.
Apesar desse cenário, temos conseguido manter a inflação dentro do intervalo estabelecido pelo governo, bem como temos sustentado uma baixa taxa de desemprego.
O crescimento da economia tem estado abaixo do que todos nós esperávamos no início do ano - tanto no governo quanto no mercado - e isso tem se traduzido num desempenho fiscal menor do que o previsto.
Para os próximos anos, nossa prioridade é recuperar a capacidade de crescimento da economia, com controle rigoroso da inflação e fortalecimento das contas públicas e, assim, garantirmos o emprego e a renda.
A nova equipe econômica trabalhará em medidas de elevação gradual, mas estrutural, do resultado primário da União, de modo a estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público em relação ao PIB.
Também continuaremos a melhorar nossa política de aumento do investimento e de produtividade do trabalho, pois é isso que sustenta um crescimento mais rápido do PIB e dos salários reais, com estabilidade macroeconômica.
As iniciativas em análise envolvem tanto reformas do lado fiscal, para adequar a taxa de crescimento do gasto público ao crescimento da economia, quanto maior desenvolvimento financeiro, com aumento da participação de fontes privadas no financiamento de longo prazo, em especial, da infraestrutura.
Olhando para 2015 e além, contamos com a participação do mercado na construção de um novo ciclo de desenvolvimento da economia brasileira, em que pretendemos continuar nossa política de inclusão social e geração de igualdade de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Para isso, a profundidade, a diversidade e a qualidade regulatória do nosso mercado financeiro terão um papel cada vez mais relevante.
Felicitamos, portanto, o JP Morgan por essa ocasião de promover o diálogo do Brasil com os investidores internacionais e desejamos grande sucesso para cada um dos presentes.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil"
(Em tempo: vão esconder o Jaques Wagner fora do Palácio ?)