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Sem Governo não há Ciência nem Inovação !

Apple, Compac, Google, Intel - todas nasceram de financiamento do Governo americano, viu, Urubóloga ?
publicado 19/01/2015
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O Estado Inovador.

Os Governos devem construir os mercados e não apenas consertá-los.


Esse é o título do artigo de Mariana Mazzucato, professora de Economia da Inovação, na Universidade de Sussex, na Inglaterra, autora do importante livro “The Entrepreneurial State: Debunking Public vs Private Sector Myths” (“O Estado empreendedor: desmoralizando os mitos de setor publico vs setor privado”)

Você sabia, amigo navegante, que a telinha do seu iPhone resultou de uma pesquisa acadêmica financiada pela CIA ?

Que o GPS foi concebido num programa militar americano ?

E que a Internet nasceu como ARPANET, um programa financiado pelo Departamento de Defesa americano ?

E que a Apple começou com um financiamento da FINEP americana, uma espécie de Sebrae ?

Como assim também nasceram a Compac e a Intel !

E o Google idem !

Depois, o PiG e os colonistas (ver no ABC do C Af) merválicos se encarregam de endeusar o Steve Jobs e os fundadores do Google, Sergey Brin e Larry Page.

E se esquecem do dinheirinho da viúva ...

Mariana usa esses argumentos para defender a tese de que os Governos são insubstituíveis na função de abrir caminhos, inovar, criar mercados e  financiar a inovação.

Que essa história de que o melhor papel do Estado é sair da frente e deixar o Empresário trabalhar em -paz – e sem pagar impostos – é trololó neolibelês.

São, aqui, os parvos do tripé, também, conhecidos como parvos do “ajuste”, os Bachas, que acabam de levar uma surra do Larry Summers.

Um amigo navegante costuma dizer que eles todos, neolibelês, pensam a mesma coisa: são uns Paul Samuelson metidos a modernos.

A Mariana prefere sintetizar o pensamento neolibelês com a revista inglesa The Economist: “os Governos sempre foram péssimos ao 'escolher os vencedores' ... Os Governos deveriam se restringir ao feijão com arroz – igualar as condições de competição e deixar o resto aos revolucionários”.

Não, diz Mariana:

“Ao longo de toda a cadeia de inovação, da pesquisa básica à comercialização, os Governos entraram com o investimento necessário, que o setor privado tinha medo de arriscar. Esse investimento se mostrou transformador, criou novos mercados e setores, incluindo a internet, a nanotecnologia, a biotecnologia e a energia limpa”.

Ainda bem que o Ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, do PCdoB, logo na posse, ressaltou a necessidade de associar a Ciência à Política e à Soberania do Brasil.

E que o Jaques Wagner foi para o Ministério da Defesa, onde, no mundo inteiro, nascem as mais criativas inovações !

Não perca “Wagner e Aldo, que Defesa !”.

Porque, afinal, a bandeira do “nacionalismo está aí – quem saberá empunhá-la ?”.

De resto, amigo navegante, não perca o seu tempo com Urubólogas: se quiser saber o que pensam os neolibelês brasileiros, leia os editoriais da Economist.

Eles todos pensam a mesma coisa.

Não é isso, Mariana ?

Em tempo: como sabem os neolibelês (os que falam inglês), o Council on Foreign Relations, que edita a revista Foreign Affairs, que publicou o artigo, é um sólido think tank conservador americano, especializado em questões de política exterior, estratégicas e de defesa do interesse nacional (americano).

Essa expressão, “interesse nacional”, o amigo navegante jamais ouvirá sair da boca de um neolibelês brasileiro. Nem do Fernando Henrique, pai deles todos.


Paulo Henrique Amorim


Iphone6, que gracinha ! A CIA também acha ...