Lula fala ao mundo sobre o combate à fome
Em videoconferência sobre a fome no mundo, o Presidente Lula ressaltou o papel dos programas sociais criados nos governos petistas para o enfrentamento da crise econômica mundial, que eclodiu a partir de 2008.
O evento, organizado pelo Ministério de Política Agrícola, Alimentar e Florestal da Itália, faz parte do calendário preparatório da Expo2015, que será realizada em Milão entre 1º de maio e 31 de outubro.
"É preciso que se coloque o pobre no orçamento, para que ele vire consumidor. O pobre não é problema. É solução", afirmou o Presidente neste sábado (7).
"Se queremos resolver a crise, devemos olhar para os pobres e transformá-los em cidadãos com plenos direitos", aconselhou.
"Criamos o Programa Fome Zero e fomos muito atacados 'porque estávamos criando gente que não queria trabalhar', diziam. Enfrentamos, também, muito preconceito", revelou Lula.
O Presidente explicou o porquê do programa repassar recursos financeiros às famílias. "O problema da fome não é a falta de alimento. O problema é que muita gente não tem dinheiro para comprar", declarou.
"Fizemos um cadastramento muito sério para que o dinheiro chegasse às mãos de quem realmente precisa, em que a prioridade era o dinheiro ser dado a mãe da família. E tem obrigações: crianças na escola e com as vacinas em dia e que as mulheres gravidas também tivessem em dia com todos os exames".
Entre outras ações para acabar com a fome no país, Lula citou ainda a política de crédito agrícola para a produção local.
Brasil fora do mapa da fome
Em 2014, relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) apontou que, nos últimos 10 anos, o Brasil havia reduzido pela metade a parcela da população que sofre com a fome.
O país havia alcançado um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que as Nações Unidas estabeleceram até 2015 e estava fora do mapa da fome da ONU.
Os dados mostraram que a taxa de desnutrição no Brasil caiu de 10,7% para menos de 5% desde 2003 e que a pobreza foi reduzida de 24,3% para 8,4% entre 2001 e 2012, enquanto a pobreza extrema também caiu de 14% para 3,5%.
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