Dilma: as urnas traduzem a vontade da Nação
Após sancionar o Código de Processo Civil nesta segunda-feira (16), a Presidenta Dilma Rousseff comentou as manifestações que ocorreram no último domingo (15), em várias cidades do pais. Dilma evocou os 30 anos de redemocratização para analisar os eventos.
"Ontem, quando eu vi cidadãos se manifestando pensei: 'valeu a pena lutar pela liberdade e democracia'. Esse país está mais forte que nunca. Muitos da minha geração deram a vida para que o povo pudesse, enfim, ir às ruas para se expressar", disse a Presidenta em Brasília.
Porém, para Dilma, a vontade das urnas não pode ser desrespeitada.
"Assim como as urnas traduzem a vontade da nação, que não pode ser desrespeitada, as ruas são o espaço legítimo da manifestação popular. Por isso, o Governo ouve e continuará ouvindo as manifestações das ruas", afirmou Dilma.
"Houve um tema presente tanto nas manifestações de sexta-feira quanto nas de domingo: o combate à corrupção e à impunidade. Nos próximos dias, como prometido nas eleições, anunciaremos um conjunto de medidas voltadas ao combate à corrupção e à impunidade. Estaremos abertos, obviamente, a ouvir toda a sociedade para a tomada de outras medidas", anunciou a petista.
No discurso, a Presidenta voltou a defender a Reforma Política.
"Reitero minha convicção de que a conjuntura atual aponta para a necessidade urgente da realização de uma ampla Reforma Política. Meu compromisso é governar para os 203 milhões de brasileiros. É com a democracia que se vencerá o ódio, é com democracia que se combaterá corruptores e corrompidos", finalizou.
Abaixo, outras frases:
No combate à crise, usamos todas as armas, subvenções, subsídios e desoneração para evitar que atingisse empresários, classe média e trabalhadores
Agora, não existem mais recursos para continuarmos fazendo isso. Precisamos fazer ajustes e correções para continuar crescendo.
Meu governo tem muita responsabilidade com a estabilidade economia, pois é ela que garante empregos e estabilidade para o nosso País.
Devemos repudiar aqueles que acreditam no “quanto pior, melhor” na política e na economia.
Faremos os ajustes necessários, dialogando com todos, mas não tenham dúvida que eles serão realizados na defesa de todos os brasileiros.
Lembrando os 30 anos da redemocratização, homenageio todos os que lutaram contra o regime de exceção e que combateram em defesa da democracia.
Meu tributo aos que contribuíram para o restabelecimento das liberdades democráticas é amplo, franco e não faz distinções.
Sobre o Novo Código de Processo Civil:
A sanção do novo Código de Processo Civil tem grande importância para o Brasil.
Sob uma linguagem jurídica e técnica, estão mudanças em processos judiciais que afetam diretamente a vida da maioria dos brasileiros.
Nosso novo Código de Processo Civil nasce da busca de identidade entre o fato social e a prática jurídica, e dá solidez à nossa democracia.
O novo código democratiza ainda mais o acesso à Justiça, ao ampliar e facilitar a gratuidade ou o parcelamento das despesas judiciais.
Mais Justiça para todos num país que vem se tornando mais justo e menos desigual para todo mundo.
Este novo Código se identifica com demandas de um novo País, que passou a ter nas últimas décadas um povo mais exigente, mais ciente de seus direitos
Justiça boa é a Justiça rápida e efetiva.
A Justiça perde parte de seu sentido e essência quando é apressada e negligente com o amplo direito de defesa, assim como quando é demorada.
O texto chega em boa hora, substitui um código que tinha mais de 40 anos, produzido durante um período de exceção, e que vinha sendo modificado.
Ao oxigenar o processo jurídico, o novo código aumentará a confiança da população na Justiça, fortalecendo nossas instituições.
É assim a Nação q queremos fortalecer: um lugar em que todos exerçam seus direitos sem desrespeito às liberdades civis e públicas.
Um País que, diante de convites a aventuras e à ruptura da normalidade política, escolhe o caminho da democracia e princípios constitucionais.
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