Pré-sal custa US$ 9/barril ! Chora, Cerra, chora !
Apesar de um ministro do Governo Dilma ter ido a Houston entregar o conteúdo nacional e a regra de partilha - e continuar ministro ! - a Petrobras foi ao mesmo palco e demonstrou a capacidade de extrair petróleo - e cada vez mais e em mais poços - a preços quase da Arábia Saudita !
E lá no fundo do mar !
Chora, Moro, chora !
Pede o lenço molhado ao Cerra !
Diretora Solange Guedes apresenta resultados e perspectivas no pré-sal em palestra na OTC 2015
Executiva destacou a eficiência operacional, os baixos custos de produção e o desenvolvimento tecnológico. Sessão técnica trouxe trabalhos sobre as dez soluções tecnológicas que venceram desafios para produção no pré-sal
A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, apresentou um panorama do pré-sal no almoço-palestra “Pre-Salt: What Has Been Done So Far and What is Coming Ahead” (“Pré-sal: o que já foi feito e o que vem pela frente”). Solange mostrou a evolução dessa nova fronteira, os desafios que foram superados e os resultados alcançados.
“Nós podemos garantir que o pré-sal é viável com um custo de produção de nove dólares por barril. Se considerarmos que duas FPSOs ainda não estão produzindo com sua capacidade total, o custo de produção será menor ainda. A eficiência operacional em torno de 92% contribuiu significativamente para atingirmos estes custos baixos”, afirmou, para uma plateia de mais de 200 pessoas.
A diretora ressaltou que as reservas do pré-sal excederam as expectativas. Atualmente, a média de produção por poço no pré-sal da bacia de Santos ultrapassa 25 mil barris de petróleo por dia(bpd). Cinco poços produzem, cada um, mais de 30 mil barris por dia. E os campos de Sapinhoá e Lula possuem poços em que a média de produção pode atingir 40 mil barris por dia.
“Esses números com certeza irão contribuir para a redução de poços em nossos futuros projetos do pré-sal, o que será um grande benefício para a redução de custos”.
Juntamente com os parceiros, a Petrobras desenvolveu tecnologias que fizeram a produção do pré-sal técnica e economicamente viável. Como resultado, hoje o número de plataformas produzindo no pré-sal chegou a 13, com a entrada em operação de mais uma unidade, o FPSO Cidade de São Vicente, para um teste de longa duração na área da Cessão Onerosa. “Para conquistar o pré-sal nós investimos intensamente em tecnologia.” A superação dos desafios apresentados com o desenvolvimento de tecnologias inovadoras levaram a Petrobras a receber o prêmio da OTC em reconhecimento por suas conquistas na produção do pré-sal.
A estratégia bem sucedida para alcançar os resultados será mantida no futuro: desenvolvimento de novas tecnologias, aceleração da curva de aprendizado e padronização de processos. “Continuaremos impulsionando a inovação. Mais do que nunca, precisamos de tecnologia orientada para otimização”.
Traçando um breve histórico, Solange lembrou que o desenvolvimento do pré-sal da bacia de Campos foi mais rápido, uma vez que já havia infraestrutura, com a primeira produção comercial em 2008. Já na bacia de Santos, os desafios foram grandes: não havia infraestrutura instalada, os reservatórios estão localizados em profundidades de água que chegam a 2.500 metros, com camada de sal de 2 mil metros de espessura e reservatórios em profundidades totais de até 7000m.
“Trabalho árduo, intenso planejamento, disciplina, estratégia, trabalho de equipe, com foco e determinação, foram fundamentais em ambos os casos”, declarou.
Abordagem de produção integrada
A estratégia de desenvolvimento de produção de modo integrado foi apresentada por Anelise Lara, Gerente Executiva de Libra, em palestra de abertura da sessão técnica “Pre-Salt: 8y Journey from the Wildcat Well to more than Half-million Barrels per Day" ("Pré-Sal: Jornada de 8 Anos desde o Poço Pioneiro até mais de Meio Milhão de Barris por Dia"), realizada nesta manhã.
Anelise destacou que, em menos de cinco anos depois do projeto piloto de Lula entrar em produção, a Petrobras já alcançou mais de 700 mill barris de petróleo por dia no pré-sal. “Essa é uma conquista significativa se compararmos com outras províncias de petróleo offshore ao redor do mundo”, ressaltou. O cenário promissor com as descobertas se mostrou uma oportunidade para implementar uma estratégia de Desenvolvimento Integrado de produção. “A integração mostrou ser crucial para acelerar projetos e buscar redução de custos”.
A abordagem garantiu um processo de planejamento e execução continuados, desde a fase de exploração. As etapas incluíram a aplicação de testes de longa duração, para aquisição de dados sobre a dinâmica dos reservatórios, e a implementação de projetos-pilotos, para testes de diferentes configurações de poços.
Anelise ressaltou que já foi declarada a comercialidade de um volume recuperável estimado em 20 bilhões de barris de óleo equivalente, potencial que pode mais que dobrar as reservas provadas atuais da Petrobras, hoje de 16,6 bilhões de barris de óleo equivalente. “O panorama de produção parece cada vez mais promissor”. Ainda em 2015, mais um sistema de produção entrará em operação no campo de Iracema Norte, onde são esperados mais quatro unidades em 2016, informou.
Dez tecnologias pioneiras
A sessão contou ainda com outras cinco apresentações sobre as tecnologias desenvolvidas, todas de técnicos e executivos da companhia. Foram detalhadas as 10 soluções tecnológicas, decisivas para o sucesso da implementação dos projetos do pré-sal, e que levaram a Petrobras a ser premiada com o OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations, and Institutions, reconhecimento mais importante que uma empresa de petróleo pode receber na qualidade de operadora offshore.