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BR-163, o Brasil que cala o PiG

Daqui até a eleição, a JK de saias tem uma inauguração por dia.
publicado 27/11/2013
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O ansioso blogueiro esteve recentemente em Rondonópolis, no Sul de Mato Grosso, cidade que é cortada pela BR-163, objeto, nesta quarta-feira, de es-pe-ta-cu-lar leilão com um deságio de 53%.

Seguiu pela BR-163 a caminho do Complexo Intermodal de Rondonópolis, na Ferro-Norte, o maior da América Latina.

A BR-163 escoa 70% da produção de grãos de Mato Grosso.

Mato Grosso é o maior produtor brasileiro de soja, algodão, tem o maior rebanho de gado, o segundo produtor de milho do Brasil, e o terceiro de biodiesel.

As pesquisas genéticas mais sofisticadas com o gado Nelore são feitas ali, em Rondonópolis.

Toda a produção agrícola ocupa 7% da área de Mato Grosso.

Clique aqui para ler o que o ansioso blogueiro escreveu sobre Sinop – onde tem mais verde que amarelo.

O ansioso blogueiro pode ter uma pálida ideia do movimento em torno de terminais de carga que movimentam grãos do Norte e do Sul de Mato Grosso.

Passou pela Transportadora Martelli, por exemplo.

Ela tem 1.200 carretas,  - cada uma vale R$ 800 mil.

Todo dia, entre 70 e 80 carretas ficam paradas, porque a Martelli não consegue motoristas qualificados.

Na BR-364, que vai de Rondonópolis a Cuiabá, passam 32 mil veículos por dia, sendo 10 mil carretas.

A presidenta Dilma inaugurou o terminal de carga de Rondonópolis em 19 de setembro.

Ele fica à beira da BR-163 e na boca da Ferro-Norte.

Quem opera é a ALL, que recebe 5 mil caminhões por dia, e enche 80 vagões de 100 toneladas de grãos, cada – POR DIA !

Por enquanto, só quem opera o terminal é a Noble, uma empresa inglesa, com sede em Hong Kong e Cingapura.

A Noble tem 28 anos e dez anos de Brasil.

Ela comprava soja e vendia à China.

Agora, instalou-se na área contígua ao terminal.

Ela opera 4 mil toneladas de grãos/dia e tudo, 100%, agora, exporta por via ferroviária, a partir do terminal, até Santos.

Todo o farelo de soja vai para a China.

Ela esmaga soja e produz biodiesel a partir de soja e vende à Petrobras.

Só a Noble recebe 350 caminhões por dia.

A Noble tem quatro usinas de açúcar e álcool na região de São José do Rio Preto, SP.

Navalha

Na entrevista coletiva desta quarta-feira, depois do leilão deste trecho da BR-163, o ministro Cesar Borges, dos Transportes, anunciou também que, ainda este mês, será leiloado, para duplicação, o trecho da BR-163 em território de Mato Grosso do Sul – para entroncar-se com Santos.

E, assim que o Tribunal de Contas aprovar, conclui a BR-163 em direção ao Norte, de Mato Grosso para o Pará.

Como o ansioso blogueiro vai sempre a Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, o ansioso blogueiro acha muito engraçado quando os Urubólogos falam de crise.

Crise é em São Paulo, onde não se vê guindaste.

E no PiG (*).

Clique aqui para ler sobre a Missa de Sétimo Dia do PiG (*).

Os colonistas (**) do PiG pensam que o Brasil se concentra nas cidades de São Paulo e Brasília.

O ansioso blogueiro recomenda que o senador Blairo Maggi convide uma caravana de Urubólogos para comer um matrinchã em Rondonópolis.

(Não precisa tirar as espinhas …)

 



Em tempo: daqui até a eleição, a Dilma – o JK de saias – vai a uma inauguração por dia.

Em tempo2: se a Dilma tivesse meia dúzia de Cesar Bórges ...

Em tempo3:
hoje, depois do leilão da BR-163, a presidenta, em Santa Catarina, fez vários exercícios para afastar o encosto do PiG (leia aqui e aqui).


Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.