FHC, o fariseu. Ele não comprou a reeleição
Como se sabe, o Príncipe da Privataria, herói do livro Operação Banqueiro, entrou para a categoria dos seres imaginários do Borges: ele só existe no PiG.
O PiG cheiroso lhe oferece uma página inteira do primeiro caderno dessa terça-feira (17/03) para analisar o movimento dos golpistas da #globogolpista.
(Que tinha três pardos.)
Só o Papa poderia merecer tal deferência: uma página !
E do que se trata ?
Um exercício de vaidade, de egolatria.
Chega ao disparate de dizer que não cometeu o estelionato eleitoral na reeleição.
Ele se reelegeu com o câmbio super-valorizado, que o Cerra chamava de " populismo cambial", sustentado pelo Clinton e o FMI, e imediatamente após a reeleição deu uma cacetada no câmbio e demitiu dois presidentes do Banco Central.
Foi quando Armínio NauFraga se tornou, de fato, o Presidente.
Mas, isso faz parte: a coerência intelectual e a retitude moral não são o seu forte.
Aí vem farisaísmo: não é crível que o Lula e a Dilma não soubessem da roubalheira na Petrobras, diz o fariseu de Higienópolis.
Como também não é crível que ele não soubesse que Serjão comprou a emenda constitucional da reeleição com dinheiro vivo, em sacolas de super-mercado.
Um deputado do Acre valia R$ 200 mil.
Quantas sacolas o Serjão não teria enchido de dinheiro vivo para comprar um recalcitrante deputado de São Paulo?
E o fariseu não sabia de nada ...
E a roubalheira da Privataria ?
Ele que era a "bomba atômica" do André Haras Rezende ... não sabia de nada.
Numa página inteira do Valor ele não oferece à militância tucana - em que jamais se viu um negro - uma ideia, um esboço de estratégia, o rascunho de um programa em defesa do povo e do Brasil.
Só faz atualizar o mofado moralismo da UDN, do Lacerda.
Com um décimo do talento do Carlos.
Como dizia do Fernando Henrique, ao sobrinho Dornelles, o Dr Tancredo, tão celebrado nos últimos: não se pode confiar nesse rapaz.
Era o rapaz que borboleteava com as repórteres da Globo de Brasília.
Na frente de todos, nos melhores (?) restaurantes da cidade.
É um Tartufo !
Paulo Henrique Amorim