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FHC, o fariseu. Ele não comprou a reeleição

O moralista borboleteava com as repórteres da Globo de Brasília.
publicado 17/03/2015
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Como se sabe, o Príncipe da Privataria, herói do livro Operação Banqueiro, entrou para a categoria dos seres imaginários do Borges: ele só existe no PiG.

O PiG cheiroso lhe oferece uma página inteira do primeiro caderno dessa terça-feira (17/03) para analisar o movimento dos golpistas da #globogolpista.

(Que tinha três pardos.)

Só o Papa poderia merecer tal deferência: uma página !

E do que se trata ?

Um exercício de vaidade, de egolatria.

Chega ao disparate de dizer que não cometeu o estelionato eleitoral na reeleição.

Ele se reelegeu com o câmbio super-valorizado, que o Cerra chamava de " populismo cambial", sustentado pelo Clinton e o FMI, e imediatamente após a reeleição deu uma cacetada no câmbio e demitiu dois presidentes do Banco Central.

Foi quando Armínio NauFraga se tornou, de fato, o Presidente.

Mas, isso faz parte: a coerência intelectual e a retitude moral não são o seu forte.

Aí vem farisaísmo: não é crível que o Lula e a Dilma não soubessem da roubalheira na Petrobras, diz o fariseu de Higienópolis.

Como também não é crível que ele não soubesse que Serjão comprou a emenda constitucional da reeleição com dinheiro vivo, em sacolas de super-mercado.

Um deputado do Acre valia R$ 200 mil.

Quantas sacolas o Serjão não teria enchido de dinheiro vivo para comprar um recalcitrante deputado de São Paulo?

E o fariseu não sabia de nada ...

E a roubalheira da Privataria ?

Ele que era a "bomba atômica" do André Haras Rezende ... não sabia de nada.

Numa página inteira do Valor ele não oferece à militância tucana - em que jamais se viu um negro - uma ideia, um esboço de estratégia, o rascunho de um programa em defesa do povo e do Brasil.

Só faz atualizar o mofado moralismo da UDN, do Lacerda.

Com um décimo do talento do Carlos.

Como dizia do Fernando Henrique, ao sobrinho Dornelles, o Dr Tancredo, tão celebrado nos últimos: não se pode confiar nesse rapaz.

Era o rapaz que borboleteava com as repórteres da Globo de Brasília.

Na frente de todos, nos melhores (?) restaurantes da cidade.

É um Tartufo !


Paulo Henrique Amorim