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38 milhões de brasileiros dependem do trabalho informal

87% das novas vagas de trabalho não oferecem carteira!
publicado 27/09/2019
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Carteira de trabalho vai virar artigo de luxo! (Créditos: Marcello Casal/Agência Brasil)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã desta sexta-feira (27/IX) os números atualizados da pesquisa PNAD Contínua.

De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,8% no trimestre encerrado em agosto - ou seja, 12,6 milhões de pessoas.

É exatamente o mesmo resultado do trimestre anterior.

O Globo comemora o crescimento praticamente zero com o mesmo entusiasmo com que o Witzel comemora um tiro de sniper: "o desemprego continua cedendo!"

Os números mostram, entretanto, um aumento estarrecedor no mercado de trabalho informal!

Em comparação com o trimestre encerrado em maio, foram criados 684 mil novas vagas de trabalho.

Destas, 87,1% - ou 596 mil - são vagas informais!

O número supera o índice do trimestre encerrado em julho, quando 75% das novas contratações eram para vagas sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria ou empregadores sem CNPJ.

No total, 38,8 milhões de brasileiros - 41,4% da população ocupada - estão na informalidade: são os trabalhadores que vivem do subemprego, dos bicos, das vagas sem CLT, sem salário fixo, os vendedores de pano de prato nos semáforos...

A pesquisa destaca o setor de transporte, responsável pela criação de 226 mil novas vagas nos últimos doze meses.

Segundo Adriana Beringuy, analista do IBGE, essa alta foi provocada pela entrada no mercado de novos motoristas de aplicativos...

Ou seja: é a uberização compulsória!

Em tempo: a renda média do trabalhador brasileiro permaneceu estagnada em relação ao trimestre anterior: R$ 2.298 ao mês.

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