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ABC virou cemitério de indústrias!

Não tem mais nem metalúrgicos. Um colosso, Míriam!
publicado 26/03/2019
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Com a ajuda do Moro, foram todos aí desindustrializados (Créditos: Fernando Pereira/Memorial da Democracia)

O Conversa Afiada reproduz trecho de dramática e excelente reportagem de Marli Olmos no PiG cheiroso, sobre grande obra do neolibelismo que orientou a politica econômica do Príncipe da Privataria; do Pulhocci e do Marcos Lisboa, cérebro da empresa INSPER; do Levy da Dilma; e do ladrão presidente, agora provisoriamente solto; e dos Xi! Cago Boys:

ABC encolhe e pode virar região símbolo da desindustrialização no país


Nascido como ponto de passagem entre São Paulo e o litoral, o grupo de cidades que forma o ABC transformou-se em um importante símbolo da industrialização brasileira. Há pouco mais de 30 anos, porém, a urbanização fez com que muitas empresas escolhessem o interior paulista para expandir as atividades. Nas duas últimas décadas, várias outras preferiram investir em outros Estados. A região seria hoje apenas uma vítima da guerra fiscal não tivesse sido também duramente atingida pelo encolhimento do parque fabril em todo o país e pela recente crise econômica. Embora ainda conte com a fidelidade de importantes multinacionais, o ABC tenta lutar, agora, para não se transformar em um novo símbolo, o da desindustrialização do país.

A diminuição da atividade produtiva nessa região acentuou-se no último período recessivo. O mais recente estudo da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), um dos centros mais especializados em pesquisas econômicas no ABC, mostra que o PIB industrial das sete cidades que compõem a região passou, em valores nominais, de R$ 28,9 bilhões em 2013 para R$ 24,3 bilhões em 2016, uma queda de 16%. Em termos reais, no entanto, descontado o efeito inflacionário, a retração foi de quase 39%, muito acima das quedas registradas no Brasil (11,5%) e no Estado de São Paulo (14,73%).

Para Luis Paulo Bresciani, professor da USCS e consultor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o ABC reflete a "crise de demanda" que atingiu todo o país e uma perda generalizada da atividade industrial, acentuada desde 2014. A região continua a ser o segundo maior polo industrial do país, atrás da região metropolitana de São Paulo, e, por isso, diz, recebeu impacto mais forte da crise.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que entre 2013 e 2017 houve uma perda de 6% no número de empregos formais no Brasil e de 6,4% no Estado de São Paulo. Mas o ABC registrou queda muito superior, de 12,5%. A taxa média de desemprego na região, segundo pesquisa do Seade, passou de 10,3% em 2012 para 17,7% em 2017, um dos maiores níveis de desocupação dos últimos 14 anos, segundo o economista Luis Carlos Zambrano, professor convidado da USCS. (...)

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