Alta da carne é maior do que se anuncia
(Reprodução/Tijolaço)
Por Fernando Brito, do Tijolaço - O que você está vendo aí em cima não é anúncio, mas uma sugestão para que os jornais verifiquem o aumento dos preços com base no que eles próprios publicam, nos encartes de supermercados que entregam a seus leitores.
É fácil ver que o bicho é mais feio do que pintam as “autoridades”.
A ministra Teresa Cristina, que disse ontem que o preço da carne está começando a cair, certamente, anda indo pouco ao supermercado.
E acho que o pessoal do IBGE também, para registrar um aumento de 8% nos preços da carne bovina, no índice de inflação que divulgou ontem. Tenho certeza que, no índice de dezembro, o órgão vai captar algo mais próximo da realidade que mostro acima.
Num dos supermercados mais populares do Rio de Janeiro, o acém, corte dianteiro (mais popularmente chamado de “carne de segunda”, embora eu ache que para moer, é dos melhores), variou de R$ 11,98 para R$ 27,98 o quilo, ou 133,6%, do final de agosto para hoje.
Nas carnes ditas “nobres” ou aumento, embora grande, é menor, sobretudo nos cortes limpos e fatiados, onde o sobrepreço do processamento dá uma margem maior para “segurar” o valor do preço de etiqueta.
Mesmo assim, não está longe de 100%.
Como o povão não avalia índice inflacionário pelo que sai nos jornais, mas pelo que paga no supermercado, a inflação sensível é esta aí.
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