Barraco neolibelista: Rabello vs Arida
"Bruxo financista" chama o outro de "medíocre". Quá, quá, quá!
publicado
29/03/2018
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Do Valor - aqui, no Conversa Afiada, também chamado de PiG cheiroso:
BNDES: Rabello de Castro ataca e Arida rebate
Presidente do BNDES até sábado, quando será exonerado para se lançar pré-candidato à Presidência pelo PSC, Paulo Rabello de Castro deu contornos políticos ontem a uma coletiva na sede do banco ao rebater declarações de Persio Arida, coordenador do programa econômico do governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB. Ele chamou Arida de “bruxo financista espoliador” e “liberaloide”, ao comentar ideias do economista ligado a Alckmin para o banco de fomento.
Em breve resposta aos ataques feitos pelo atual presidente do banco, Arida disse que Rabello de Castro “fez uma administração medíocre do BNDES porque usou o cargo público como escada para suas pretensões eleitorais”. E acrescentou: “Em respeito à Universidade de Chicago, onde há um bom tempo ele [Rabello de Castro] obteve seu Ph.D, só me resta concluir que o devaneio de se tornar presidente espanou sua mente e sua formação. Tenho pena dele.”
As críticas de Rabello de Castro foram feitas após a publicação ontem de uma entrevista de Arida no Valor. Ex-presidente do BNDES, Arida disse que o banco deve devolver rapidamente os recursos que lhe foram emprestados pelo Tesouro. Além disso, criticou a BNDESPar. Lembrou que, logo em seu discurso de posse no BNDES, defendeu que “se privatizasse a BNDESPar ou se vendessem todas as suas participações acionárias”.
(...) No fim da tarde, em entrevista ao Valor, Rabello de Castro acrescentou que a sugestão de Arida de privatizar a BNDESPar seria “uma bobagem”. Para ele, Arida deu um “tirambaço no próprio pé” ao fazer uma “crítica completamente infundada ao BNDES, sendo ele próprio ex-presidente do banco”
(...) O BNDES deixado por Rabello de Castro é menor do que ele encontrou em junho de 2017, quando substituiu a executiva Maria Silvia Bastos Marques na presidência da instituição. As consultas ao banco somaram R$ 2,784 bilhões em fevereiro deste ano, o menor nível desde o início de 1995. Os desembolsos acumulados em 12 meses recuaram de R$ 84,5 bilhões em junho do ano passado para R$ 68,7 bilhões em fevereiro deste ano.
Em tempo: sobre o neolibelismo, o Conversa Afiada recomenda visita ao imperdível ABC do C Af.