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Bolsonaro ainda chora pela derrota do amigo Macri

Argentinos deram um basta ao fracasso neoliberal
publicado 29/10/2019
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(Crédito: Marcos Corrêa/PR)

Jair Bolsonaro voltou a atacar a decisão soberana do povo argentino, que foi às urnas no último domingo 27/X e elegeu Alberto Fernández nas eleições presidenciais, após quatro anos de fracasso da política neoliberal de Mauricio Macri.

"Nos preparamos para o pior, porque o que foi anunciado até o momento no pacote econômico do presidente eleito, essa receita já sabemos, como em parte foi adotada no Brasil no passado, não tem como dar certo", disse Bolsonaro ao Estadão, omitindo o fato de que Macri enfiou a Argentina em uma das piores crises econômicas de sua história.

O presidente brasileiro chegou ao ponto de torcer para que Fernández e a vice-presidenta eleita, Cristina Kirchner, sigam a cartilha de Macri, ou seja, mantenham a politica econômica que só nos últimos 12 meses rebaixou 3,25 milhões de pessoas da classe média para a classe baixa - mais de nove mil pessoas por dia.

"Não pensamos em romper nada com a Argentina, mas esperamos que o lado de lá continue com as mesmas práticas do Macri, abertura, liberdade econômica, respeito às cláusulas democráticas do Mercosul", afirmou Bolsonaro.

Felizmente para o povo argentino, Fernández já prometeu frustrar as expectativas de Bolsonaro. Nesta terça, em seu primeiro evento como presidente eleito da Argentina, ele reafirmou seu compromisso com uma Argentina sem fome e ressaltou que não conhece "nenhuma sociedade que se faça forte retirando direitos, que avance privando trabalhadores de seus direitos", lembrando que, ao longo dos últimos quatros, "insistiram em dizer que para a Argentina prosperar teria que tirar direitos".

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