BRICS lideram o crescimento do PIB mundial
Viu, Urubóloga?
publicado
28/12/2015
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Presidenta Dilma recebe cumprimentos do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante VII Cúpula do BRICS
A partir do El País:
Emergentes lideram o crescimento do PIB mundial apesar da crise
Especialistas destacaram ainda influência da crise no Brasil sobre a Argentina
A crise que enfrentam as grandes economias emergentes – Brasil, Rússia, China e África do Sul – com exceção da Índia, lançou uma sombra de dúvida sobre o futuro destes países que, no entanto, continuarão sendo os principais contribuintes para o crescimento do PIB mundial. É a conclusão dos especialistas convocados para fórum O Desafio dos Emergentes, organizado pelo jornal EL PAÍS nesta sexta-feira em Madri, do qual participaram também Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, e o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González.
“Se falamos de crescimento do PIB, ele virá dos países emergentes, que continuarão contribuindo com mais do que o dobro que os países desenvolvidos”, disse Núria Más, professora de economia da IE Business School. A especialista insistiu na necessidade de diferenciar entre uma conjuntura negativa, como a atual, e o potencial de crescimento dessas economias, que permanece intacto, embora terão que enfrentar importantes processos de reforma.
O diretor do EL PAÍS, Antonio Caño, disse que os emergentes “são e continuarão a ser uma referência para a estabilidade mundial” e uma “referência da nova ordem, até mesmo política”, como demonstram as mudanças profundas que estas economias viveram nos últimos anos, com um papel crescente em fóruns econômicos e políticos globais.
Ao contrário de outras épocas, como reconhece o professor de Economia Empresarial da Universidade Autônoma de Madri, Emilio Ontiveros, o impacto da crise emergente hoje é muito significativo “por seu importante peso na economia mundial”. Na verdade, 30% das vendas das multinacionais em todo o mundo procedem de empresas de países emergentes. Mais significativo ainda para a economia espanhola. “Boa parte das empresas centrais para o estabelecimento dos indicadores domésticos e da Bolsa na Espanha têm interesses importantes na América Latina”.
Ontiveros também chamou a atenção para a estreita ligação entre as economias do Brasil e da Argentina, cuja previsão é de passar por uma desvalorização da sua moeda, o que pode aumentar as tensões financeiras na região. “Se o Brasil não se recuperar, vai ser muito difícil para a Argentina superar a crise”, disse ele.
Para o diretor corporativo de Assuntos Estratégicos da Corporação Andina de Fomento, Germán Ríos, o importante para o futuro dos emergentes é eliminar a persistente brecha em infraestruturas e valorizou positivamente a criação do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas liderado pela China. “Os organismos financeiros que a China colocou em funcionamento vão mudar as regras do jogo do sistema financeiro global. Vão permitir que os emergentes contornem a crise com suas próprias regras e financiamento próprio”, disse ele.
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A crise que enfrentam as grandes economias emergentes – Brasil, Rússia, China e África do Sul – com exceção da Índia, lançou uma sombra de dúvida sobre o futuro destes países que, no entanto, continuarão sendo os principais contribuintes para o crescimento do PIB mundial. É a conclusão dos especialistas convocados para fórum O Desafio dos Emergentes, organizado pelo jornal EL PAÍS nesta sexta-feira em Madri, do qual participaram também Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, e o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González.
“Se falamos de crescimento do PIB, ele virá dos países emergentes, que continuarão contribuindo com mais do que o dobro que os países desenvolvidos”, disse Núria Más, professora de economia da IE Business School. A especialista insistiu na necessidade de diferenciar entre uma conjuntura negativa, como a atual, e o potencial de crescimento dessas economias, que permanece intacto, embora terão que enfrentar importantes processos de reforma.
O diretor do EL PAÍS, Antonio Caño, disse que os emergentes “são e continuarão a ser uma referência para a estabilidade mundial” e uma “referência da nova ordem, até mesmo política”, como demonstram as mudanças profundas que estas economias viveram nos últimos anos, com um papel crescente em fóruns econômicos e políticos globais.
Ao contrário de outras épocas, como reconhece o professor de Economia Empresarial da Universidade Autônoma de Madri, Emilio Ontiveros, o impacto da crise emergente hoje é muito significativo “por seu importante peso na economia mundial”. Na verdade, 30% das vendas das multinacionais em todo o mundo procedem de empresas de países emergentes. Mais significativo ainda para a economia espanhola. “Boa parte das empresas centrais para o estabelecimento dos indicadores domésticos e da Bolsa na Espanha têm interesses importantes na América Latina”.
Ontiveros também chamou a atenção para a estreita ligação entre as economias do Brasil e da Argentina, cuja previsão é de passar por uma desvalorização da sua moeda, o que pode aumentar as tensões financeiras na região. “Se o Brasil não se recuperar, vai ser muito difícil para a Argentina superar a crise”, disse ele.
Para o diretor corporativo de Assuntos Estratégicos da Corporação Andina de Fomento, Germán Ríos, o importante para o futuro dos emergentes é eliminar a persistente brecha em infraestruturas e valorizou positivamente a criação do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas liderado pela China. “Os organismos financeiros que a China colocou em funcionamento vão mudar as regras do jogo do sistema financeiro global. Vão permitir que os emergentes contornem a crise com suas próprias regras e financiamento próprio”, disse ele.
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