Brito: Golpistas começam a fechar a Petrobras
Traíras só pensam em vender as jazidas
publicado
22/08/2016
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Reprodução: Tijolaço
Por Fernando Brito, no Tijolaço:
Entreguismo leva quase a zero a exploração da Petrobras
O Valor publica como manchete que a Petrobras concentra exploração em área do pré-sal da Bacia de Santos.
Vê-se no texto que não concentrou coisa alguma, mas paralisou toda a atividade exploratória exceto aquela que, por obrigação contratual, não pôde deixar de lado no campo de Libra.
Já tivemos mais de 20 perfurações simultâneas na nossa plataforma continental.
É natural que, num momento de baixa dos preços do petróleo e de dificuldades de caixa da empresa, de fato, reduza-se o ritmo de novas perfurações.
Mas não é só isso.
Paralisar praticamente todas as perfurações é um tiro no pé para uma empresa que tem nos poços o elo inicial de toda a sua cadeia produtiva.
Ainda há poços já perfurados esperando para serem ligados a navios-plataforma, mas isso tem um horizonte curto.
Sem novos poços, não há razão para a construção de sondas no país, um programa que já havia sido “decepado” à metade.
Sem que as sondas perfurem poços também não há razão para manter-se, mesmo alongando prazos, o programa de construção e conversão de navios-plataforma.
Sem nada disso, também não há razão para manter pessoal e desenvolvimento tecnológico no setor de exploração.
Corta-se a curva de conhecimento que é essencial na produtividade e na segurança de operação da indústria do petróleo.
Transformaram a Petrobras, outra vez, numa empresa com foco nas finanças, não no petróleo.
Tudo em que se pensa, agora, é em como vender nossas jazidas.
E, se vamos vender, para que prospectar, colocar em ponto de produção, preparar estas reservas para serem realizadas no processo de extração.
Entregar nosso petróleo começa pelo desmonte do futuro da Petrobras, que construiu com o pré-sal um horizonte de reservas extraordinário.
O Valor publica como manchete que a Petrobras concentra exploração em área do pré-sal da Bacia de Santos.
Vê-se no texto que não concentrou coisa alguma, mas paralisou toda a atividade exploratória exceto aquela que, por obrigação contratual, não pôde deixar de lado no campo de Libra.
Já tivemos mais de 20 perfurações simultâneas na nossa plataforma continental.
É natural que, num momento de baixa dos preços do petróleo e de dificuldades de caixa da empresa, de fato, reduza-se o ritmo de novas perfurações.
Mas não é só isso.
Paralisar praticamente todas as perfurações é um tiro no pé para uma empresa que tem nos poços o elo inicial de toda a sua cadeia produtiva.
Ainda há poços já perfurados esperando para serem ligados a navios-plataforma, mas isso tem um horizonte curto.
Sem novos poços, não há razão para a construção de sondas no país, um programa que já havia sido “decepado” à metade.
Sem que as sondas perfurem poços também não há razão para manter-se, mesmo alongando prazos, o programa de construção e conversão de navios-plataforma.
Sem nada disso, também não há razão para manter pessoal e desenvolvimento tecnológico no setor de exploração.
Corta-se a curva de conhecimento que é essencial na produtividade e na segurança de operação da indústria do petróleo.
Transformaram a Petrobras, outra vez, numa empresa com foco nas finanças, não no petróleo.
Tudo em que se pensa, agora, é em como vender nossas jazidas.
E, se vamos vender, para que prospectar, colocar em ponto de produção, preparar estas reservas para serem realizadas no processo de extração.
Entregar nosso petróleo começa pelo desmonte do futuro da Petrobras, que construiu com o pré-sal um horizonte de reservas extraordinário.