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Brito: Meirelles é o Cunha-II do Temer

Ai, ai, ai, se balançar o Meirelles cai...
publicado 11/08/2016
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O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, no Tijolaço:

Temer prepara Meirelles para ser o segundo Cunha?

O vício da traição, como a picada é para o escorpião, é da natureza do traidor.

Henrique Meirelles está pondo o couro à sova com sua turma do mercado financeiro para garantir que, com toda sua vocação fisiológica, Michel Temer vai adotar políticas de austeridade.

Aconteceu o que tinha de acontecer: o núcleo de poder do Planalto quer “culpá-lo” pelo que aconteceu de verdade: um recuo na proposta de cortes do Governo.

Que, claro, não foi apresentada sem o aval de Michel Temer.

Meirelles tem esperanças políticas para 2018 e não percebe que as de seu superior estão na frente.

É dado a ele o papel de carniceiro e reservado a Temer o desempenhar-se como o “homem do acordo”, que promove recuos e ajuda a construir soluções parlamentares.

Hoje foi assim, mais uma vez.

Primeiro, deixou que assessores fossem a público culpar Meirelles pela confusão que aprovou mudanças no projeto de renegociação das dívidas do Estado.

Depois, deu entrevista dizendo que “não endossa” seus assessores.

Francamente, para mim é uma construção inédita essa de um presidente “não endossar” assessor, até porque assessor que falar sem o contrário do que pensa o assessorado, em algo tão grave, passa a ser, desde que o mundo é mundo, ex-assessor.

Vai se consolidando a impressão de que Meirelles, mais adiante, vá ser o segundo Cunha de Temer: depois de feito o “serviço sujo”, cessa-lhe a serventia.

Não é o caso de matar e mandar flores.

Mas o inverso: mandar flores e, depois, matar.