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China compra soja dos EUA e ferra o Brasil

Xi faz acordo com Trump e ignora Bolsonaro
publicado 01/07/2019
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O Conversa Afiada republicou do Asia Times reportagem que mostra como Rússia (R), Índia (I) e China (C) jogaram o Brasil (B) na lata da História e, com ele, o BRICs.

Agora, o respeitado jornal inglês Financial Times mostra como a China, para fazer acordo com Trump e preservar o interesse nacional (e da Huawei) trocou a soja brasileira pela americana:

A China comprou mais de meio milhão de toneladas de soja norte-americana na semana passada, o que analistas consideram um gesto de boa vontade antes de os presidentes Donald Trump e Xi Jinping discutirem o impasse entre os dois países.

O negócio de 544 mil toneladas, no valor de quase US$ 200 milhões, foi o maior desde março, a última vez em que houve esperanças de um acordo para acabar com a guerra comercial EUA-China (um otimismo que foi frustrado quando os EUA prosseguiram com aumentos tarifários sobre as importações chinesas e Pequim também ameaçou impor cobranças adicionais).

A nova venda foi divulgada na sexta-feira [28/VI] pelo Departamento de Agricultura dos EUA, um dia antes de Xi se reunir com Trump nos bastidores da cúpula do G-20 em Osaka, no Japão, em uma tentativa de retomar as negociações.

A China mirou as exportações agrícolas norte-americanas para tarifas punitivas em julho passado, ao responder a uma rodada antecipada de tarifas impostas pelo Governo Trump. As vendas de soja sofreram mais, pois uma tarifa de 25% as tornou pouco competitivas com o amplo suprimento da América do Sul.

Compradores chineses já haviam feito "compras de boa vontade" antes. Depois que Trump e Xi se encontraram na reunião do G-20 em Buenos Aires no final do ano passado, a China se comprometeu a importar pelo menos 20 milhões de toneladas de soja dos EUA. As compras foram feitas pelas entidades estatais Cofco e Sinograin.

No entanto, o ritmo das transações desacelerou desde abril. No ano, os compromissos de exportação de soja dos EUA para a China totalizaram 13,7 milhões de toneladas antes do anúncio de sexta-feira, em comparação com 28,5 milhões no mesmo período do ano passado.

"O mercado agora está acreditando que isso é simplesmente uma manobra pré-G20", disse Rich Nelson, estrategista-chefe da Allendale, uma corretora de commodities em Chicago. "Não faz sentido do ponto de vista financeiro."

(...)

Em tempo: no sábado 29/VI, depois de encontrar o Presidente Xi Jinping na reunião do G-20, Trump tuitou:

Eu tive uma ótima reunião com o presidente Xi da China ontem, muito melhor do que o esperado. Concordei em não aumentar as atuais tarifas que cobramos da China enquanto continuamos a negociar.

A China concordou que, durante a negociação, começará a comprar grandes quantidades de produtos de nossos grandes agricultores. A pedido de nossas empresas de alta tecnologia e do presidente Xi, aceitei permitir que a empresa chinesa Huawei compre produtos deles, desde que não afetasse nossa segurança nacional.

É importante ressaltar que abrimos negociações novamente com a China, já que nosso relacionamento com eles continua sendo muito bom. A qualidade da negociação é muito mais importante para mim do que a velocidade. Eu não estou com pressa, mas as coisas parecem muito boas!

Não haverá redução das tarifas atualmente sendo cobradas para a China.

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