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Coalizão de esquerda na Espanha quer taxar os mais ricos e revogar reforma trabalhista

Lá, como cá, a reforma só prejudicou os trabalhadores
publicado 31/12/2019
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(Reprodução/Redes Sociais)

Na Espanha, a coalizão entre o Partido Socialista Espanhol (PSOE) e o Unidos Podemos, ambos de esquerda, apresentou nesta segunda-feira 30/XII o plano de governo. Entre as propostas, o aumento dos impostos para os mais ricos e a revogação de trechos da reforma trabalhista que entrou em vigor em 2012.

Para que se forme o novo Executivo, porém, a coalizão (que ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento) depende ao menos da abstenção do partido independentista Esquerda Republicana da Catalunha. Se isso acontecer, terá início o primeiro governo de coalizão de esquerda na Espanha desde a Guerra Civil dos anos 1930.

O plano de governo, que dá grande importância aos debates sobre mudanças climáticas e ao feminismo, traz ainda duas propostas consideradas cruciais: uma reforma tributária ambiciosa que aumentará impostos para os mais ricos e grandes empresas e a revogação de aspectos prejudiciais ao povo espanhol da reforma trabalhista colocada de 2022, colocada em prática sob o governo direitista de Mariano Rajoy (PP).

A coalizão de esquerda ainda propõe o fim da Lei da Mordaça (chamada oficialmente de Lei de Segurança Cidadã), que restringe o direito de manifestação e libera a expulsão de imigrantes sem documentação.

Outras propostas da coalização PSOE/Podemos:

- aumento real do salário mínimo (até 60% ao longo da legislatura, para chegar a 1,2 mil euros)

- aumento da autonomia da Catalunha e do País Basco

- Imposto de Renda subirá dois pontos para quem ganha mais de 130 mil euros anuais e 4 pontos para quem recebe mais de 300 mil euros anuais

- taxa do Estado sobre a renda aumentará a partir de 140 mil euros, chegando a 27%. Para bancos e empresas de energia, taxa mínima será de 18%;

- recuperar direitos trabalhistas retirados pela reforma de 2012. Revogar a demissão por ausência causada por doença, limitar a subcontratação e reduzir a capacidade de modificação unilateral das condições do contrato por parte da empresa

- promover a igualdade de oportunidades e iniciativas faz parte da política de gênero da coalizão. Coibir o tráfico e a exploração de mulheres e reduzir a diferença salarial entre os gêneros

- aprovar a lei de mudança climática e transição energética, pendente desde o início desta década.

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