Com crise e tudo, Brasil é o paraíso do Santander!
Menezes Côrtes no JB: banco lucra obscenos 26%!
publicado
26/07/2018
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Do Jornal do Brasil, por Gilberto Menezes Côrtes:
Com toda a crise, Santander aumenta em 26% seu lucro no Brasil
Com toda a crise na economia, o espanhol Santander voltou a liderar ontem a temporada de divulgação de lucros dos bancos no segundo trimestre. O lucro líquido trimestral ficou em R$ 3,025 bilhões, um aumento de 29,55% sobre os R$ 2,335 bilhões do período abril-junho de 2017. No semestre o banco controlado por Ana Botin acumulou lucro líquido de R$ 5,884 bilhões no país, fato comemorado na apresentação do resultado global em Madri. Mais uma vez a filial brasileira respondeu por 26% dos lucros globais da organização.
No resultado semestral divulgado em euros com a divisão dos resultados em cada área de atuação, o Brasil lidera folgado, contra os 15% da Espanha e os 14% do Reino Unido. Para um lucro semestral global de 3,752 bilhões de euros, a filial brasileira do Santander contribuiu com 1,324 bilhão (26%) dos ganhos, com crescimento de 25% sobre igual período de 2017. Na Espanha, país sede do Santander, os lucros somaram 780 milhões de euros (...)
O Santander atribuiu o bom resultado ao aumento da carteira de empréstimos e à redução dos custos operacionais. Mas a verdade é que as receitas de tarifas cresceram 12,5%, bem acima da inflação acumulada nos 12 meses terminados em junho (na faixa de 3,8%).
(...) O Santander, segundo levantamento do Banco Central entre os dias 5 e 11 de julho, ainda praticava as mais altas taxas de juros no cheque especial para pessoal físicas: 14,74% ao mês, ou 420.6% ao ano. Para as pessoas jurídicas, o cheque especial corporativo tinha juros mensais de 13,78%, que equivalem a uma taxa anual de 370,66% ao ano. Esses juros astronômicos, comparados ao piso de captação no Brasil, que é a taxa Selic, situada em 6,50% ao ano, não baixaram nem depois que o Banco Central liberou 25% dos depósitos compulsórios. (...)