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Com quarentena eficiente desde o início, Argentina avança em reabertura

Fernández: é tempo de Ciência, não de rumores
publicado 11/05/2020
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(Foto 1: Casa Rosada - Foto 2: Facebook/André Claudino)

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, publicou uma carta aberta ao povo argentino "para proteger o que foi alcançado" após quase dois meses de quarentena devido à pandemia do coronavírus. "É um tempo de cuidado, não de medos infundados. É um tempo de evidências científicas, não de rumores. É um tempo de solidariedade, não de estigma", assegurou.

Fernández afirmou que há um acordo "que nós, argentinos, construímos: cuidar de todos, de todas e de todes". "Um dia, quando essa situação tiver passado e recuperarmos todos os aspectos de nossas vidas, poderemos comemorar as conquistas que alcançamos como sociedade", assegurou.

Em sua carta, Fernández argumentou contra os "porta-vozes da abertura econômica", a quem ele acusou de pressionar "com qualquer argumento para acabar com a quarentena". Ele disse que esta decisão tomada por outros países serviu, "na realidade, apenas para aumentar o contágio e as mortes, sem evitar a deterioração econômica".

"Não existe país capaz de impedir a entrada e a expansão do vírus. O número de infectados já está em milhões e as mortes em centenas de milhares. Além disso, estão ocorrendo consequências gigantescas na economia global. Este ano haverá uma grande queda na produção, muitas empresas perdem valor em dias ou semanas, milhões de empregos foram destruídos e o consumo caiu intensamente ", afirmou o presidente.

Sobre a nova fase da quarentena na Argentina, Fernández comemorou que "podemos iniciar uma abertura progressiva, cuidadosa e responsável" e disse que "toda semana poderemos adicionar algumas atividades comerciais, produtivas ou de serviços para ativar a economia".

Ao mesmo tempo, alertou que "é essencial respeitar as regras de distanciamento social e continuar com o hábito de lavar as mãos, evitar tocar o rosto, usar máscaras quando sair, ventilar ambientes e nos comunicar por telefone com um médico ou uma autoridade de saúde, se tivermos sintomas".

"Somos todos responsáveis ​​pelos cuidados e cada passo que damos depende de cada um. Se cumprirmos, poderemos continuar avançando. Se não houver adesão, teremos de retroceder", disse Fernández.