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Com uma rasteira em seu fã, Trump fez Brasil perder compra de equipamentos

"I love you, Trump" - Jair
publicado 03/04/2020
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(Redes Sociais)

Via Brasil de Fato - Os Estados Unidos enviaram 23 aviões cargueiros para retirar, na China, milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs) para abastecer o mercado estadunidense. A medida significa um drible que o presidente Donald Trump, o “amigo” de Jair Bolsonaro (sem partido), aplicou no Brasil, que perdeu seus contratos com o governo chinês, por conta da expressiva compra dos estadunidenses.

Em coletiva na última quarta-feira (01/04), Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, lamentou a manobra americana. “As nossas compras, que tínhamos expectativa de concretizar para poder fazer o abastecimento, muitas caíram. Nós estávamos comprados, tínhamos, quando começamos a pedir. Entregaram a primeira parte. Na segunda parte, mesmo com eles contratados, assinados, com o dinheiro para pagar, quem ganhou falou: não tenho mais os respiradores, não consigo te entregar. Então, nós voltamos de algo que a gente achava que a gente já tinha, demos um passo para trás.”

Vítima da voracidade do capitalismo, Mandetta seguiu lamentando e criticou, discretamente, os chineses. “A gente espera que a China volte a ter uma produção mais organizada, e a gente espera que os países que exercem o seu poder muito forte de compra já tenham saciado das suas necessidades para que o Brasil possa entrar e comprar a parte para proteger nosso povo.”

Ainda na coletiva, o ministro demonstrou medo de um alto índice de contaminação dos trabalhadores da saúde, por conta da falta de equipamentos de proteção individual.

O "amigo"

No dia 6 de março, um eufórico Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais que encontraria o presidente americano. “Amanhã terei novo encontro com meu amigo Donald Trump. Discutiremos ações para aprofundar a cooperação entre Brasil e EUA nas áreas comercial, econômica e de defesa. Trataremos também de novos passos para fortalecer nossa aliança na busca por um mundo mais seguro e livre.”

Mais de 20 membros da comitiva de Bolsonaro voltaram contaminados pelo covid-19, e o próprio presidente chegou a fazer o teste - que, apesar de nunca ter mostrado publicamente, teria dado negativo, segundo ele.