Crise na Boeing derruba o presidente. E a Embraer?
(Charge: Bruno Galvão)
A norte-americana Boeing, que deve concluir no início de 2020 a incorporação da Embraer (entregue na esteira do Golpe de 2016), anunciou nesta segunda-feira 23/XII a demissão de seu presidente, Dennis Muilenburg. A partir de 13 de janeiro, ele será substituído pelo chefe do conselho de administração da empresa, David Calhoun.
Segundo comunicado divulgado pela companhia, a nova liderança deve se comprometer com a transparência e retomar os trabalhos com as aeronaves 737 Max, modelo responsável por dois acidentes fatais. O primeiro, em outubro de 2018, aconteceu na Indonésia em um voo da companhia Lion Air e deixou 189 mortos; já o segundo se deu em março deste ano, com um Boeing 737 Max da Ethiopian Airlines que caiu na Etiópia, matando 157 pessoas.
“Acredito firmemente no futuro da Boeing e do 737 Max. Estou honrado em liderar essa grande companhia e os 150 mil funcionários dedicados, que estão trabalhando duro para criar o futuro da aviação”, afirmou Calhoun em nota.
O Max, maior sucesso comercial da história, com 5 mil encomendas desde o lançamento de seu projeto há oito anos, está proibido de voar no mundo todo desde março.
Desde o início dessa crise, as ações da Boeing caíram 22%, gerando perdas de cerca de US$ 8 bilhões (R$ 24 bilhões). Ainda assim, no começo de 2019 se acertou a compra, pela Boeing, do controle da área de aviação comercial da Embraer, por US$ 4,2 bilhões (R$ 16,8 bilhões).
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