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Daniel Dantas não deixa luz de Belo Monte chegar a você!

Por que ele não publica o balanço da Santos Brasil?
publicado 13/05/2018
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O ínclito banqueiro já viveu dias melhores.

Especialmente depois que o ministro Gilmar Mendes lhe concedeu, no recesso, dois HCs do tipo Canguru, num espaço de 48 horas, mesmo depois de o jornal nacional provar que Dantas tinha subornado um agente federal.

(Quem deve estar feliz agora também é o Paulo Preto, que mereceu gesto generoso do citado ministro supremo.)

Dantas, agora, tem pela frente a ressurreição da Satiagraha e da Castelo de Areia.

O desmoronar do esquema dos doleiros, a começar por seu velho amigo do Banestado, o herdeiro da dinastia doleira Messer.

Tudo isso deve tirar o sono dele - se é que ele dorme.

Agora, o Estado, em comatoso estado, mostra outra das muitas faces do ínclito.

Ele se recusa a deixar que a energia de Belo Monte seja transportada.

Ele barrou o prosseguimento do linhão!

Assim como fez com a Satiagraha.

Inutilmente, nos dois casos.

(Outra linha, amigo navegante: por que será que Dantas suspendeu a publicação do balanço da sua Santos Brasil, tão afogada no Porto de Santos quanto o presidente ladrão? Será que é para esconder que foi atingido mortalmente pela investigação sobre o Temer e aquela incauta jovem do Auler?

E a CVM? Não faz nada? A CVM morre de medo do Daniel Dantas. A CVM tem mais medo do ínclito banqueiro do que de sua extinção, por inutilidade...)

Novo linhão de Belo Monte trava nas fazendas de Daniel Dantas, no Pará


A construção do novo linhão de transmissão da energia de Belo Monte travou nas fazendas do banqueiro Daniel Dantas, no Pará. Antes de retirar a energia do Rio Xingu, em Altamira (PA), para entregá-la no Rio de Janeiro por meio de uma rede que terá 2.526 quilômetros de extensão, os construtores do projeto precisam chegar a um acordo com o dono do banco Opportunity: o traçado previsto para a linha passa por dentro de quatro fazendas de Dantas. E o banqueiro não está disposto a abrir suas terras para isso.

A resistência de Daniel em dar passagem para o maior projeto de transmissão da história do País fez com que o caso fosse parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). De um lado estão os chineses da State Grid, dona da concessionária Xingu Rio Transmissora de Energia (XRTE), que vai erguer a linha estimada em R$ 9,3 bilhões. Do outro estão as fazendas da Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, que pertencem a Dantas.

As obras da linha, que tiveram início em setembro do ano passado, têm previsão de conclusão em dezembro de 2019, quando 100% da potência da hidrelétrica de Belo Monte estará disponível. O impasse fundiário com Daniel Dantas, porém, tem tirado o sono dos chineses.

No mês passado, em reunião fechada no Ministério de Minas e Energia, os chineses relataram ao governo que boa parte do projeto segue no prazo, mas que um “ponto de atenção” incomoda, por conta do litígio que envolve as fazendas da Agropecuária Santa Bárbara, alvo histórico de episódios que vão de invasões por camponeses sem terra a arresto de bens por determinação judicial.

A briga agora, porém, não é com pequenos agricultores, mas com os chineses. A XRTE estava certa de que, com a declaração de utilidade pública do traçado concedida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), poderia erguer a linha. Mas a empresa de Dantas não permitiu o acesso às terras. Inconformada, a XRTE obteve uma liminar da 1.ª Vara de Xinguara (PA) para acessar o imóvel. A Santa Bárbara, porém, recorreu ao Tribunal de Justiça do Pará e conseguiu nova decisão, impedindo os chineses de entrar na área. A XRTE reagiu e recorreu ao STJ, mas não conseguiu uma decisão favorável.

A energia gerada por Belo Monte será levada para a região Sudeste por meio de duas grandes linhas. A primeira rede, de 2.076 quilômetros, custou R$ 5 bilhões e está em operação desde dezembro. Pertence à concessionária BMTE, controlada pela State Grid, em sociedade com a Eletrobrás. Vai de Anapu (PA) ao município de Estreito, na divisa de Minas e São Paulo.

Já o segundo linhão, da XRTE, parte de Anapu com destino a Nova Iguaçu (RJ). Com seus 2.526 quilômetros, tem previsão de ficar pronto em dezembro de 2019.


Reprodução: Estadão