Desemprego: 75% das novas vagas são informais
Um camelódromo, exemplo da pujança econômica de Bolsonaro e Guedes (Créditos: Altair Abreu/Wikimedia Commons)
O IBGE publicou hoje (30/VIII) os números do desemprego para o trimestre encerrado em julho de 2019, segundo a pesquisa PNAD Contínua.
O governo Bolsonaro comemora: a taxa de desemprego caiu para 11,8%, atingindo 12,6 milhões de pessoas.
Entretanto, assim como os bolsonários celebraram a alta de 0,4% do PIB, ignorando o fato de que essa é a pior recuperação da economia desde 1980, os números do desemprego também apresentam outro efeito nefasto da crise.
Trata-se do aumento do trabalho precarizado.
Nos últimos 12 meses, o Brasil gerou 2,2 milhões de postos de trabalho. Entretanto, 75% dessas novas vagas referem-se ao emprego informal: o subemprego, os bicos, as vagas sem carteira, sem salário fixo, os vendedores de pano de prato nos semáforos...
"O desemprego está caindo porque há uma transferência para a subocupação. Ou seja, a redução da desocupação se dá pela ocupação em vagas subutilizadas", disse o gerente da pesquisa PNAD Contínua, Cimar Azeredo. "A população ocupada é recorde, mas 42,3% dessa população é de trabalhadores informais."
No mesmo período de 2018, os trabalhadores informais eram 40,5% do total.
Já o número de subocupados - aqueles que não trabalham o número suficiente de horas - chegou a 7,3 milhões. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, houve alta de 12,4%.
O rendimento médio do trabalhador também caiu: de R$ 2.311 no trimestre encerrado em abril para R$ 2.286 - queda de 1%.
Em tempo: o desemprego anunciado hoje ainda é maior do que o registrado em dezembro de 2018, quando a taxa estava em 11,6%
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