Dilma quer mudar a Previdência
Eles vão aumentar o imposto sobre capital próprio e ganhos de capital - e o Trabuco (D) pregou a convergência
Ao encerrar a reunião do Conselho de Desenvolvimento Economico e Social a Presidenta Dilma Rousseff pregou enfaticamente a reforma da Previdência, para "sinalizar que o futuro terá regras estáveis".
Nenhuma mudança beneficiará o mandato dela, que se encerra em 2018 (a menos que o Aecim assuma o poder, por decisão do Ministro PSDB-MT - PHA) !
Dilma lembrou que, em 2015, foi criada a fórmula móvel dos 85/95 anos.
Ela diz que precisa ir além !
É preciso ser mais ambicioso para o longo prazo.
Nenhum direito adquirido será tocado numa reforma da Previdência.
Haverá um periodo de transição.
Mas, é preciso demonstrar que o Governo busca um ajuste de médio e longo prazo.
Para isso, ela disse, é indispensável criar a CPMF.
Ela admite que pode nao ser a melhor solução para um ajuste de curto e meio prazos.
Mas, é a melhor, nesse momento: porque tem pouco impacto sobre a inflação e é temporária.
Dilma tocou, de leve, num ponto crucial, também: a desvinculação das receitas orçamentárias, obrigatórias.
Dilma defendeu os acordos de leniência: uma coisa são os corruptos, outra as empresas e o emprego !
(Assista a "O cavalo paraguaio", na TV Afiada )
Ela lembrou que deve muito a esse Conselho: foi nele que nasceram duas ideias vitoriosas, o Mais Médicos e o Ciência sem Fronteiras.
Ao falar da desvinculação orçamentária e da reforma da Previdência, ela se identifica com o Delfim, que, na opinião desse ansioso blogueiro, está certo!
Não deixe de ver, também sereno e afiado discurso do Trabuco, na reunião do Conselho.
Paulo Henrique Amorim
Leia outras frases da Presidenta:
Partido de todos nós é o Brasil
Superada a fase mais premente do ajuste fiscal, temos a oportunidade de construir uma agenda que diminua as incertezas e estabeleça as bases para volta do crescimento, com distribuição de renda, diminuição da pobreza e ampliação das oportunidades para todos.
Um País só se constrói com o diálogo paciente e tolerante. Construção propiciada pela busca de diálogo e de consensos.
Este é o momento certo e adequado para a retomada das atividades do Conselho.
Preciso do Conselho e das ideias e propostas que podem nascer neste fórum para atingir aquela que é a maior das prioridades de meu governo sem dúvida, o maior desejo de todo um povo – voltar a crescer de forma sustentável para gerar emprego e renda para nossa população.
Para garantir a estabilidade fiscal de médio e longo prazo, será necessário realizar reformas no gasto público que garantam a sustentabilidade das políticas, diminuam a rigidez do orçamento e assegurem eficiência e foco aos programas.
Queremos dar perenidade ao equilíbrio fiscal porque, do contrário, todo o sacrifício que se fizer será novamente exigido daqui a poucos anos.
Para isso, depende da aprovação pelo Congresso da DRU e da recriação da CPMF
Muitos aqui podem ter dúvidas e até mesmo se oporem a essas medidas, em especial à CPMF. Peço que reflitam sobre a execpcionalidade do momento, que torna a CPMF a melhor situação disponível, pela facilidade e baixo custo da fiscalização, além de um menor impacto na inflação.
A arrecadação não cresce se a produção e o consumo não aumentam, e isso não ocorre se não houver recursos da arrecadação para estimular o crescimento econômico
Ajuste da Previdência: não somos mais o país de jovens. Os brasileiros estão vivendo cada vez mais e o direito à aposentadoria tem sido usado por mais tempo.
A aposentadoria é a justa remuneração pelo trabalho de uma vida, mas estamos em vias de perder o bônus demográfico.
A tarefa do governo é analisar isso com prudência e serenidade, mas sem ignorar a realidade. Não podemos ter medo de discutir o futuro desde já.
Em 2015, adotamos a regra conhecida como “85/95 móvel”, uma forma engenhosa de iniciar a transição. Precisamos ir além e construir uma proposta que seja mais ambiciosa para o longo prazo a ser submetida ao Congresso.
Qualquer mudança deve respeitar direitos adquiridos, levar em consideração expectativas de direitos, e, portanto, estabelecer período de transição.
Precisamos, neste momento, pensar mais em nossos filhos e netos que em nós mesmos.
A previdência social precisa ser sustentável para um horizonte que vai muito além do meu governo.
As medidas que estamos adotando para estimular a economia são resultado de diagnósticos e propostas e demandas das empresas e trabalhadores.
O BNDES vai ofertar mais crédito para micro e pequenas empresas
Vamos manter uma política de comércio exterior agressiva, para termos mais Brasil no mundo e oportunidades para nossas exportações
Garantimos superávit comercial de mais de 19 bilhões de dólares e nossas exportações aumentaram, em volume, 10%.
Buscaremos novos acordos de livre comércio e facilitação de investimentos, em especial com Oriente Médio e grandes mercados da Ásia, além de fechar o acordo entre Mercosul e União Europeia
Estamos totalmente abertos a discutir essas propostas em mais detalhes e aprimorá-las para que os efeitos sejam rápidos e amplos
Espero que os membros deste conselho nos tragam mais sugestões para recolocar o Brasil na rota do crescimento
Agenda de leilões de concessões será intensa em 2016
Temos o desafio de discutir e debater uma reforma tributária equilibrada, que simplifique os tributos, e que também seja capaz de redistribuir o peso entre os impostos indiretos e diretos
A nossa lei que prevê que as empresas não sejam punidas, mas os que cometeram crimes de corrupção sejam punidos, permite a visão de que não se pode penalizar o emprego e algo construído com muito esforço pela nossa população