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E lá se vão as reservas deixadas por Lula e Dilma...

BC queima reservas para tentar segurar o dólar
publicado 09/03/2020
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O dólar comercial disparou mais uma vez e fechou esta segunda-feira 9/III cotado a R$ 4,72 - alta de 1,97%. Já o dólar turismo subiu 2,28%, a R$ 4,92. Em 2020, a valorização da moeda estadunidense frente ao real já ultrapassa 18%.

Nesta tarde, o Banco Central promoveu um leilão de dólar à vista no valor de US$ 465 milhões, segundo a revista Exame. Mais cedo, o BC já tinha colocado US$ 3 bilhões à disposição em apenas um leilão. É o maior volume a ser liquidado em um mesmo dia em quase 11 anos.

“As intervenções do Banco Central nesse momento são só para dizer ao mercado que ele está atento. Mas não tem nada que ele possa fazer para interromper a sequência de alta. O câmbio está totalmente distorcido”, disse à Exame Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio da FB Capital.

No início da tarde desta segunda, o Conversa Afiada - a partir da agência Reuters - já havia noticiado a disposição do BC:

O Banco Central intervirá no mercado de câmbio com instrumentos e montante necessários para acalmar o mercado e promover a funcionalidade das operações, disse nesta segunda-feira o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, acrescentando que o BC tem a política monetária como ferramenta para conter efeitos da crise externa.

“Neste momento o que podemos fazer é colocar todos os instrumentos na mesa, como vamos atuar, ainda está muito cedo para saber qual necessidade a gente vai ter, está claro no mercado de câmbio”, disse Serra em evento em São Paulo.

“Diferente de outros BCs, ainda temos espaço na política monetária, a política monetária está mais potente hoje do que no passado. Temos montante de compulsório que outros BCs não têm, e a gente tem algo que não tínhamos antes de 2011, que é a regulação prudencial brasileira”, acrescentou.

A mensagem vem num dia de nova forte alta do dólar ante o real, em meio a uma acentuada volatilidade nos mercados globais por causa da queda nos preços do petróleo após a Arábia Saudita ter lançado uma guerra de preços com a Rússia.

“Temos instrumentos mais do que suficientes para contrapor esse momento de crise”, concluiu o diretor do BC.

O BC elevou a 3 bilhões de dólares a oferta líquida de dólar à vista em leilão nesta segunda-feira, ante valor inicialmente programado de 1 bilhão, depois de na semana passada ter colocado no mercado 5 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional, também em colocação líquida.