Economias da América Latina podem crescer. Menos... Brasil e Argentina!
É no que deu o neolibelismo...
publicado
17/05/2019
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Da Agência Sputnik:
América Latina pode crescer, apesar da Argentina e do Brasil, diz economista
A piora na balança comercial com a Argentina foi o principal responsável pela queda do saldo positivo do comércio exterior brasileiro no primeiro quadrimestre deste ano. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o saldo acumulado da balança brasileira com todos os países, nos primeiros quatro meses deste ano, foi de US$ 16,4 bilhões, ou seja, menor dos que os US$ 18,2 bilhões acumulados no mesmo período do ano passado.
Com o fracasso da política liberal de Maurício Macri na Argentina e as dificuldades enfrentadas pelo governo brasileiro, a América Latina procura uma solução para voltar a crescer.
As dificuldades enfrentadas pelas duas maiores economias da América do Sul afeta os países vizinhos?
Para economista Lia Valls, professora do IBRE, Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, a América Latina é muito heterogênea. Por isso, apesar da importância do Brasil, a região poderá crescer.
"O Brasil, para os outros países na região, tem uma participação importante, mas não determinante no comércio. O México, por exemplo, o desempenho mexicano tem muito mais a ver com os Estados Unidos". Já o Peru, Colômbia e Chile, segundo Valls, dependem muito mais da China.
Já para o Brasil e para a Argentina as suas previsões não são nada boas. A retomada do crescimento dos dois países parece improvável, pelo menos no que diz respeito à 2019.
"Eu acho que agora, no curto prazo é difícil. O crescimento econômico não surge de repente. A Argentina está passando por uma série de problemas, mais graves que o Brasil", disse a professora, citando a inflação alta, que o governo de Buenos Aires não consegue conter, apesar de diversas medidas adotadas.
Por outro lado, ela citou a revisão do crescimento brasileiro para 2019, que deve ser menor do que o previsto no início do ano.
Para ela sim, os problemas na Argentina afetam bastante o Brasil, e vice versa.
"A Argentina é o principal mercado brasileiro de venda de automóveis. Quase 80% das exportações brasileiras de automóveis vão para Argentina", explicou a especialista.
A a queda do comércio brasileiro para o país foi de 40%, e o mercado brasileiro também não tem andado muito bem. Então o golpe para o setor automotivo foi forte. E como a indústria automobilística mobiliza toda uma série de setores periféricos, o problema reverbera em vários níveis e o Brasil cresce menos como um todo.
E "o crescimento baixo brasileiro reflete nas exportações argentinas", acrescentou Valls, fechando o círculo. (...)
Em tempo: segundo o Opera Mundi, as políticas neolibelistas de Macri causaram o fechamento de mais de sete mil estabelecimentos comerciais em Buenos Aires apenas nos quatro primeiros meses de 2019.
Em tempo2: sobre o neolibelismo, consultar o ABC do C Af.
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