Empresário golpista enfrenta indenização milionária
Flávio Rocha, presidente da Riachuelo, foi um dos primeiros empresários brasileiros a embarcar na onda do Golpe que derrubou a presidenta honesta Dilma Rousseff.
"Sem Dilma, volta de investimentos seria instantânea", afirmou em março de 2016.
Como o amigo navegante sabe, Dilma foi derrubada pelos canalhas, canalhas, canalhas (segundo os senadores Lindbergh e Requião), a economia não decolou, o PIB despencou 1,4% em um ano e 14 milhões de pessoas continuam desempregadas ou desistiram de procurar emprego.
Um colosso!
A própria Riachuelo se deu mal com a aventura Golpista: no terceiro semestre de 2016, a empresa registrou queda de mais de 44% no lucro.
Mas o arrependimento não termina aí.
O governo dos golpistas aprovou, em março, a nova regulamentação da terceirização de todas as atividades do trabalho. Foi o primeiro passo para a revogação completa da Lei Áurea em julho.
A nova lei determina que os funcionários terceirizados tenham o mesmo salário e condições de trabalho que os funcionários da empresa.
(Como isso será investigado, já que o governo do MT cortou as verbas de fiscalização do Ministério do Trabalho, já é outra história...)
O Grupo Guararapes, dono da marca Riachuelo, depende de pequenas confecções terceirizadas para produzir as peças que vende em suas lojas. No Rio Grande do Norte, são mais de 50 fornecedores em 12 municípios do interior do estado.
Após fiscalização nessas confecções, o Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu indenização à Riachuelo. De acordo com o relatório, os terceirizados recebem menor remuneração e têm menos direitos do que os trabalhadores contratados diretamente pela Guararapes - inclusive em questões de segurança do trabalho.
Os trabalhadores das confecções relataram que o preço da costura das peças, fixado pela Guararapes, é de R$0,35 por minuto.
O MPT acusa a Riachuelo de deturpar as novas regras de terceirização: as pequenas confecções funcionariam como "verdadeiras unidades de produção em estabelecimentos de terceiros". Em 29 empresas vistoriadas, a Riachuelo era a única contratante dos serviços
A ação civil pública movida pelo MPT consiste em uma multa no valor de R$37 milhões por danos morais coletivos e também exige que a Riachuelo se responsabilize quanto aos direitos trabalhistas dos funcionários das terceirizadas..
O presidente da empresa, Flávio Rocha, afirmou que a ação é culpa da "visão marxista (!) da procuradora Ileana Mousinho.
Aqui se faz, aqui se paga...
Em tempo: em agosto, Flávio Rocha utilizou as redes sociais para lançar-se como candidato a vice-presidente de João Dória, o Prefake de São Paulo, para as eleições de 2018.