Gerente da Petrobras participa de evento com Dallagnol
A Wikipédia define o anglicismo "compliance" como "conjunto de disciplinas para fazer cumprir as leis por uma empresa, bem como evitar e tratar inconformidades".
(Termo em inglês é coisa de que o Judge Murrow gosta)
Amanhã (8/V), em São Paulo, começa o 6o Congresso Internacional de Compliance, do qual a grande estrela é o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol.
Dallagnol não irá ministrar uma oficina de power point ou de negociações imobiliárias.
É pouco provável, também, que ele diga uma palavra sobre auxílio-moradia.
O procurador Dallagnol, ao invés disso, irá participar de uma mesa sobre o Fifagate, a Lava Jato e a "cooperação internacional entre autoridades".
("Cooperação internacional" é outra coisa de que o Judge Murrow gosta. Especialmente com a CIA!)
Outros participantes do congresso são, além de sócios de escritórios de advocacia e diretores jurídicos de grandes empresas, o delegado da PF Luciano Flores de Lima (aquele que conduziu o interrogatório do presidente Lula em março de 2016), o desembargador Fausto De Sanctis (o que voltou à cena) e Marcio Campanelli Moreira, gerente de conformidade na Petrobras.
("Conformidade" é a tradução para português de "compliance", ao que parece.)
O que o gerente da Petrobras irá fazer em um evento junto do procurador Dallagnol?
Provavelmente não irá falar sobre como o juiz Moro quebrou a Petrobras e gerou quase 200 mil demissões.
Nem sobre os R$ 140 bilhões de prejuízo que a Lava Jato causou.
Em tempo: as inscrições para o Congresso de Compliance custam de R$ 990 para apenas um dia até R$ 4.970 pelo "pacote VIP" que inclui um "curso online de investigações"!