Globo tenta fraudar vantagens da Educação
As duas barras da direita mostram a confiança de quem se joga do alto de uma torre em chamas! (Reprodução: O Globo)
Como diz o Mino Carta, no Brasil os jornalistas são piores que os patrões.
O respeitado professor Marcelo Neri, ex-presidente do IPEA e diretor da FGV Social, foi um dos pioneiros no estudo da "nova classe média" que surgiu nos governos trabalhistas.
Agora, com base em dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho, ele estudou a relação entre anos na escola e aumento da renda.
Algumas conclusões apavorantes:
- o "retorno por educação"- ou seja, anos a mais de estudo que o filho tem em relação ao pai - caiu de 12% para 10,5% entre 1996 e 2014;
- cerca de 15% dos jovens estão fora da escola;
- 33% da desigualdade no mercado de trabalho eram explicados pela diferença salarial dos profissionais de nível superior, em 1996 - em 2014, esse percentual era de 44%;
- permanece uma casta universitária: 77% dos filhos que tinham pais com nível superior conseguem concluir a faculdade (como comprovam os estudos do Piketty: a prosperidade no Capital do Século XXI é herdada...);
- se os pais só tiverem o ensino fundamental completo, só 18% entram na faculdade;
- em matéria de "falta de igualdade de oportunidades", o Brasil está "no último lugar da segunda divisão, muito atrás de outros países", conclui Neri.
Como se sabe, segundo estudos do grupo do Piketty, o 1% mais rico do Brasil domina uma parcela da renda que não se vê nem nos países de potentados árabes.
Também se sabe que o Brasil tem a pior distribuição de renda do mundo, com concentração que fica entre a da Zâmbia e do Lesoto!
(Em compensação, agora, como demonstra o INSPER do professor Marcos Lisboa, os brasileiros sem qualificação se tornam magníficos empresários de "comida de rua"! )
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