Golpistas cortam orçamento do Bolsa Família
É a primeira queda desde que o programa foi criado
publicado
06/11/2017
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Até o PiG cheiroso reconhece:
Orçamento de 2018 reduz verba do Bolsa Família
No novo projeto de Orçamento para 2018, enviado na semana passada ao Congresso, o governo propõe reduzir os recursos a serem destinados ao Bolsa Família. Caso aprovada pelos parlamentares, será a primeira queda nominal da história do programa. Na série com números corrigidos pela inflação, o valor representaria a maior baixa real desde que o benefício foi criado, em 2003.
O governo propôs destinar R$ 28,7 bilhões ao programa em 2018, o que representa uma queda de 3,7% em relação a 2017. No Orçamento deste ano, haviam sido reservados R$ 29,2 bilhões. Os valores incluem despesas totais, como aquelas com identificação dos beneficiados e com disseminação de informações acerca do projeto.
Mesmo em um exercício de comparação com a lógica do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas totais pela inflação em 12 meses até o meio do ano (3%), o Bolsa Família ainda apresentaria uma queda de 6,56% em relação ao valor máximo "autorizado" pelo mecanismo (o teto de gastos, no entanto, é aplicado ao total das despesas, e não a cada uma delas individualmente).
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que administra o programa, foi procurado para comentar os dados, mas não explicou o motivo da redução. Segundo a pasta, o valor reservado ao Bolsa Família é apenas uma "proposta" para o Orçamento do ano que vem. "Esse valor ainda pode ser alterado pelas comissões", afirma nota da pasta.
(...) No fim do ano passado, o Banco Mundial lançou um estudo defendendo um aumento no orçamento do programa. O documento afirma que uma demora em ajustar o valor das transferências do Bolsa Família geraria risco de aumento na taxa de pobreza do país.