Governadores vencem queda de braço e Bolsonaro promete ajuda a estados e municípios
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou, na manhã desta quinta-feira (21/V), que vai sancionar com vetos o projeto de socorro emergencial a estados e municípios para o enfrentamento dos efeitos decorrentes da pandemia do novo coronavírus.
Bolsonaro se reuniu hoje com governadores e com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O projeto foi aprovado no Senado no dia 6 de maio e até hoje não foi sancionado por Bolsonaro.
O programa de socorro previsto na proposta destina R$ 60 bilhões aoa entes federados para compensação de perdas de receita e ações de prevenção.
O presidente indicou que deve vetar a possibilidade de reajuste dos salários dos servidores até 2021. O prazo para ele decidir sobre o projeto acaba no dia 27.
"Isso será sancionado o mais rápido possível para que possamos fazer dessa reunião uma grande vitória do povo brasileiro", afirmou o presidente.
Ao contrário da reunião anterior, em que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente bateram boca, desta vez o clima foi ameno.
Na oportunidade, Davi Alcolumbre pregou a união para enfrentar o que classificou como "uma guerra" ao se referir à pandemia.
"Chegou a hora de todos darmos as mãos. Estamos vivendo uma guerra e na guerra todos perdem. Seremos cobrados no futuro sobre quais atitudes nós tomamos", disse.
Bolsonaro critica governadores
Antes da reunião, o presidente Bolsonaro não poupou os governadores de suas criticas.
"Imaginem uma pessoa do nível dessas autoridades estaduais na Presidência da República. O que teria acontecido com o Brasil já. Vocês vão ter que sentir um pouco mais na pele quem são essas pessoas para, juntos, a gente mudar o Brasil. Mudar à luz da Constituição, da lei, da ordem", disse Bolsonaro, segundo o UOL, na portaria do Palácio da Alvorada.