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Greve contra a reforma da Previdência na França chega ao 4º dia

Líder sindical: "não vou sacrificar a aposentadoria dos nossos netos"
publicado 08/12/2019
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(Crédito: Getty Images)

A paralisação contra a reforma da Previdência na França chega ao seu quarto dia. Neste domingo 8/XII, o sistema nacional de trens (SNCF) e o metrô de Paris (RATP) não estão funcionando. Apresentações na instituição cultural Comédia Francesa e na Ópera de Paris neste fim de semana foram canceladas e salas do Louvre ficaram fechadas, de acordo com a Folha de S.Paulo.

O secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Philippe Martinez, afirmou que o objetivo da central é manter a paralisação até a retirada completa da proposta apresentada pelo presidente Emmanuel Macron.

“Não quero que nossos netos nos digam: você pode se aposentar com tal idade, mas eu, em troca, sacrifiquei a minha aposentadoria”, disse ele ao semanário francês Le Journal du Dimanche.

Além da paralisação, têm sido registradas diversas manifestações populares por toda a França. Na quinta-feira 5/XII, primeiro dia dessa onda de mobilizações, mais de 1,5 milhão de pessoas tomaram as ruas.

Diante disso, Macron se reunirá neste domingo com vários de seus ministros. Embora o premiê, Edouard Philippe, não tenha dado sinais de recuo, a vice-ministra do Ambiente, Emmanuel Wargon, afirmou à Rádio França Internacional que o governo seria flexível. “Os tempos de transição podem ser flexibilizados se necessário e podemos diferenciar como cada sistema de aposentadoria especial converge com o novo sistema em diferentes prazos e termos", disse ela, citada pela Folha.

Mas a situação está longe de uma resolução. Os sindicatos dos ferroviários decidiram ampliar a paralisação dos trens a partir desta segunda-feira 9/XII. Também na segunda, o governo deve promover uma reunião com os sindicatos para negociar a reforma.

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