Guedes culpa "frisson" da imprensa pela alta do dólar
(Crédito: Alan Santos/PR)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, lançou mais uma pérola nesta quinta-feira 5/III. Desta vez, ele atribuiu à imprensa a responsabilidade pela irresistível subida do dólar. Segundo ele, o "frisson" provocado pela mídia impactou a moeda estadunidense.
“Isso aí [flutuação do câmbio] era perfeitamente previsível. Pô, [o dólar] está indo para 4,30, 4,40. Bom, tem o Coronavírus, a desaceleração da economia mundial, tem a incerteza. Havia a incerteza, o que vocês estavam dizendo há um, dois dias atrás? Tá havendo choque entre Congresso e o presidente, não tá havendo coordenação política, quer dizer, se está havendo esse frisson todo, o dólar sobe um pouco”, afirmou o ministro, citado pelo Valor Investe.
Mais cedo, Guedes afirmou que o dólar pode recuar se o governo adotar as "medidas corretas" ao seguir na agenda de "reformas".
"É um câmbio que flutua. Se eu fizer muita besteira, ele pode ir para esse nível (de R$ 5). Se eu fizer muita coisa certa, pode descer", disse em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "(Com a as reformas), mais rápidos são retomados os investimentos, e o dólar acalma."
Nesta quinta, o dólar bateu novo record e fechou cotado a R$ 4,6509 (alta de 1,57%). No acumulado do ano, a alta da moeda estadunidense já é de 15,99%.
Já o dólar turismo foi vendido a R$ 4,8582, sem considerar o IOF. Nas casas de câmbio, porém, o dólar era negociado acima de R$ 5,08 nas compras em cartão pré-pago.