Guedes, enfim, admite não ter resposta imediata para crise
Ministro tem a mesma resposta para todos os problemas. (Crédito: Fotos Públicas)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não tem uma resposta imediata para crise. Em entrevista à revista Veja, o ministro só reforçou ainda mais a percepção do Congresso Nacional, de que o governo não tem projeto para o curto prazo.
Perguntado se há alguma forma de responder de imediato à crise, Guedes respondeu: "Não. É por isso que a gente precisa das reformas, para nos dar espaço fiscal. Se promovermos as reformas, abriremos espaço para um ataque direto ao coronavírus. Com 3 bilhões, 4 bilhões ou 5 bilhões de reais a gente aniquila o coronavírus. Porque já existe bastante verba na saúde, o que precisaríamos seria de um extra. Mas sem espaço fiscal não dá", afirmou.
Na conversa, o ministro voltou a fazer promessas. "Se aprofundarmos as reformas, o Brasil poderá crescer 2% neste ano. Além disso, a arrecadação subirá e sobrarão recursos para todos. Haverá espaço fiscal para o ano que vem, e o governo federal poderá repetir a execução orçamentária de 2019, que foi de quase 100 bilhões de reais. Se nós não cooperarmos e não fizermos o que cada um precisa fazer, estaremos numa situação de contingenciamento total. Foi nesse sentido que disse que temos quinze semanas para mudar o Brasil, porque essas quinze semanas são o tempo que falta para o próximo recesso parlamentar. Aí vai faltar aquela velocidade, aquela impulsão para escapar dessa desaceleração mundial", finalizou.
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