Imprensa errou tudo sobre economia
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Na Agência PT de Notícias - Quando a expressão terrorismo econômico passou a ser disseminada, vinha sempre acompanhada de notícias relacionadas à atuação dos EUA no mapa geopolítico global: para além de sanções ou ameaças bélicas, o país criava no imaginário coletivo a ideia de que somente o modelo escolhido por eles poderia dar certo. Hoje, o termo tem sido usado também para pressões das mais variadas naturezas, com destaque para o que faz a chamada ‘grande imprensa’ durante pleitos eleitorais.
No Brasil, um caso sintomático de terrorismo econômico aconteceu durante as últimas eleições presidenciais: para legitimar o candidato que atendia aos interesses do capital financeiro com projeto ultraliberal, alguns dos principais jornais do país usavam supostos especialistas para moldar a opinião do eleitorado. Assim, criavam narrativas bisonhas, difíceis até de acreditar quando relembradas agora, com a política econômica de Jair Bolsonaro enterrando as esperanças do povo brasileiro.
Manchetes como “Haddad eleito levaria dólar a R$ 5” ou “Retorno da esquerda no Brasil é pior pesadelo dos investidores” soam como piadas agora que as previsões todas se confirmaram, mas justamente pelas mãos do candidato que tanto defenderam. Mas como autocrítica nunca foi o forte dos poderosos grupos de mídia do país, muitos malabarismos semânticos ainda são criados para tentar responsabilizar tudo, menos o “queridinho” Paulo Guedes e seu chefe pela tragédia que se arrasta desde o dia 1º de janeiro de 2019.
Não se pode, no entanto, deixar de reconhecer o esforço de gente como o economista Ricardo Amorim, que ganha a vida como consultor financeiro, ao dar verniz de verdade absoluta às suas preferências políticas. Em 23 de setembro de 2018, pouco antes das eleições, ele afirmou que “uma eventual eleição de Fernando Haddad (PT) como presidente do Brasil pode criar um estresse no mercado brasileiro”. Uma previsão e tanto! Só que não…
Outras previsões, como a feita pela Revista Época Negócios às vésperas do segundo turno, é ainda mais descarada: “Segundo analistas, parte importante dessa reação é o alívio por não haver um novo governo petista, possibilidade vista como “muito negativa” por investidores”
Outras “previsões”