Indústria automobilística no Brasil só com Escravidão
Vai dizer isso na Alemanha...
publicado
31/01/2019
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Schiemer da Mercedes está fascinado com o “liberalismo” do Guedes (Divulgação)
Do PiG cheiroso, na quarta-feira 30/I, reveladora entrevista de Philipp Schiemer, executivo alemão presidente da Mercedes-Benz do Brasil e fascinado com a inclinação liberal do bolsonarismo (talvez na Alemanha ele se mostrasse menos entusiasmado...):
(...) Valor: A GM avisou aos funcionários que pode interromper investimentos no país se não voltar a ter lucros. Essa questão diz respeito a todo o setor ou é específica da GM?
Schiemer: O Brasil precisa olhar para fora e não só para o próprio umbigo. Achamos, às vezes, que o mercado do Brasil é suficiente. Mas hoje o mercado brasileiro não é grande o suficiente para manter uma indústria como a nossa. O setor precisa ser competitivo internacionalmente. Caso contrário, não terá futuro no Brasil. Há investimentos em curso fora para desenvolver conectividade e eletrificação dos veículos. E o dinheiro está escasso. É lógico que as empresas olham para onde faz sentido investir seu dinheiro.
Valor: E como o senhor avaliou a atitude da GM?
Schiemer: Como executivo eu consigo entender que esses pensamentos são lógicos. É só olhar o balanço das empresas e o fluxo de capitais. Sempre se falava que as montadoras aqui mandavam dividendos para as matrizes. Mas nos últimos anos muitas companhias mandaram dinheiro para cá e poucas conseguiram fazer lucro aqui.
Valor: Desde quando a Mercedes não manda dividendos?
Schiemer: Não comentamos balanço financeiro, mas posso garantir que já faz muitos anos que não mandamos dividendos para a Alemanha. (...)
Schiemer: O Brasil precisa olhar para fora e não só para o próprio umbigo. Achamos, às vezes, que o mercado do Brasil é suficiente. Mas hoje o mercado brasileiro não é grande o suficiente para manter uma indústria como a nossa. O setor precisa ser competitivo internacionalmente. Caso contrário, não terá futuro no Brasil. Há investimentos em curso fora para desenvolver conectividade e eletrificação dos veículos. E o dinheiro está escasso. É lógico que as empresas olham para onde faz sentido investir seu dinheiro.
Valor: E como o senhor avaliou a atitude da GM?
Schiemer: Como executivo eu consigo entender que esses pensamentos são lógicos. É só olhar o balanço das empresas e o fluxo de capitais. Sempre se falava que as montadoras aqui mandavam dividendos para as matrizes. Mas nos últimos anos muitas companhias mandaram dinheiro para cá e poucas conseguiram fazer lucro aqui.
Valor: Desde quando a Mercedes não manda dividendos?
Schiemer: Não comentamos balanço financeiro, mas posso garantir que já faz muitos anos que não mandamos dividendos para a Alemanha. (...)
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