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Lula: por que a FIESP não solta os patinhos atrás do Bolsonaro?

Sem investimento, o pibinho não crescerá
publicado 10/03/2020
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O presidente Lula participou, na tarde desta terça-feira 10/III, do debate "A defesa da democracia no Brasil", que acontece em Berlim, na Alemanha.

O Conversa Afiada reúne algumas das principais declarações de Lula:

Estejam preparados para dias difíceis no Brasil. O PIB não cresce e o presidente, em vez de explicar, preferiu contratar um comediante para esculhambar. Seria melhor e mais digno ele ter coragem de dizer que não vai ter crescimento enquanto não falar em desenvolvimento, emprego e distribuição de renda

A verdade nua e crua é que os países mais justos do mundo tem o Estado forte. Só quem faz política social é o Estado. Não dá para achar que o Estado fraco resolve problema da população. Não resolve

O ódio tomou conta do país. Nós que queríamos democracia e paz e temos um candidato cujo símbolo é arma. Arma fazendeiro para matar sem terra, arma miliciano pra matar pretos e pobres das periferias

Nós não fizemos no Brasil uma revolução. Não fizemos sequer distribuição de riqueza. O que fizemos foi fazer com que o pobre tivesse direito a um pedaço do bolo. Pudesse fazer três refeições. Ter um diploma universitário. Um emprego. Luz para sair da escuridão do candieiro.

Cuidar dos pobres é barato. Incluir o pobre no orçamento não custa nada. E ainda dá retorno. Enquanto o rico custa caro e ainda dá golpe.

O mundo vive duas crises. Uma crise econômica porque o país que puxava a economia, a China, está deixando de produzir por conta do coronavírus. E uma crise financeira por causa dos bancos que correm o risco de quebrar porque ficam vendendo papel e não produzem um pente.

O PIB não vai crescer enquanto não falarem em investimento e desenvolvimento. Há uma tentativa de destruir o estado. Vocês estão lembrados de quando a FIESP colocava os patinhos perguntando quem ia pagar o pato? Por que eles não soltam os patinhos agora atrás do Bolsonaro?!

O empresariado não tem interesse em fazer política social. Só tem um jeito de o Brasil se recuperar e é com o governo fazendo investimento público. Nenhum empresário vai investir em um país em que nem o governo acredita.