Lula: por que a FIESP não solta os patinhos atrás do Bolsonaro?
O presidente Lula participou, na tarde desta terça-feira 10/III, do debate "A defesa da democracia no Brasil", que acontece em Berlim, na Alemanha.
O Conversa Afiada reúne algumas das principais declarações de Lula:
- Estejam preparados para dias difíceis no Brasil. O PIB não cresce e o presidente, em vez de explicar, preferiu contratar um comediante para esculhambar. Seria melhor e mais digno ele ter coragem de dizer que não vai ter crescimento enquanto não falar em desenvolvimento, emprego e distribuição de renda
- A verdade nua e crua é que os países mais justos do mundo tem o Estado forte. Só quem faz política social é o Estado. Não dá para achar que o Estado fraco resolve problema da população. Não resolve
- O ódio tomou conta do país. Nós que queríamos democracia e paz e temos um candidato cujo símbolo é arma. Arma fazendeiro para matar sem terra, arma miliciano pra matar pretos e pobres das periferias
- Nós não fizemos no Brasil uma revolução. Não fizemos sequer distribuição de riqueza. O que fizemos foi fazer com que o pobre tivesse direito a um pedaço do bolo. Pudesse fazer três refeições. Ter um diploma universitário. Um emprego. Luz para sair da escuridão do candieiro.
- Cuidar dos pobres é barato. Incluir o pobre no orçamento não custa nada. E ainda dá retorno. Enquanto o rico custa caro e ainda dá golpe.
- O mundo vive duas crises. Uma crise econômica porque o país que puxava a economia, a China, está deixando de produzir por conta do coronavírus. E uma crise financeira por causa dos bancos que correm o risco de quebrar porque ficam vendendo papel e não produzem um pente.
- O PIB não vai crescer enquanto não falarem em investimento e desenvolvimento. Há uma tentativa de destruir o estado. Vocês estão lembrados de quando a FIESP colocava os patinhos perguntando quem ia pagar o pato? Por que eles não soltam os patinhos agora atrás do Bolsonaro?!
- O empresariado não tem interesse em fazer política social. Só tem um jeito de o Brasil se recuperar e é com o governo fazendo investimento público. Nenhum empresário vai investir em um país em que nem o governo acredita.