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Maioria das novas vagas de emprego tem salários baixos

País tem hoje 2 milhões de postos de trabalho a menos que em 2014
publicado 17/01/2020
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A maior parte dos novos empregos com carteira assinada criados em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, é de atividades de baixa qualificação e salários médios inferiores. Já as ocupações com ganhos mensais médios mais elevados são as que mais perderam postos de trabalho formais.

As informações foram publicadas nesta sexta-feira 17/I pelo portal G1, a partir de dados do CAGED, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia.

Entre as profissões que mais ganharam novas vagas, estão categorias como "alimentadores de linhas de produção", "escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos" e "vendedores e demonstradores em lojas ou mercados".

Um "alimentador de linha de produção", por exemplo, é o trabalhador responsável pelo abastecimento de máquinas em plantas industriais. De acordo com o CAGED, essa categoria recebe um salário entre R$ 1.257 e R$ 2.065 por mês.

Entre as categorias que mais perderam postos de trabalho em 2019, estão "supervisores de serviços administrativos", "gerentes administrativos", "gerentes de marketing, comercialização e vendas".

São empregos que requerem maior qualificação e oferecem salários mais altos - um "supervisor de serviços administrativos" recebe entre R$ 2.889 e R$ 4.783.

No último dia 12/I, o Conversa Afiada mostrou que o trabalhador com Ensino Superior completo demora mais tempo para encontrar um novo emprego - ele enfrenta, em média, 16,8 meses para se recolocar no mercado de trabalho.

Outra pesquisa realizada em dezembro de 2019 mostrou que ao menos 3,8 milhões de brasileiros com diploma universitário não encontram emprego qualificado - contribuindo, assim, para o aumento do desemprego e da informalidade.

Em novembro de 2019, o Brasil possuía 39,36 milhões de empregos formais. Em outubro de 2014, durante o governo Dilma Rousseff, eram 31,3 milhões de postos com carteira assinada - cerca de 2 milhões a mais.

Em tempo: o Brasil possui, hoje aproximadamente 12,4 milhões de desempregados. Segundo o IBGE, 11,9 milhões de pessoas trabalham sem carteira assinada e mais 24,4 milhões trabalham por conta própria - ou seja, sobrevivem de bicos.

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