Meirelles é o outro homem bomba
O Conversa Afiada reproduz trechos de excelente - como sempre! - reportagem de André Barrocal, na Carta Capital, sobre esse retumbante desastre aí de cima:
Ao ampliar a meta do rombo fiscal até 2020, o ministro da Fazenda explicita o suicídio da política de austeridade e arma uma herança maldita para o próximo Governo.
"O próximo presidente vai encontrar uma massa de desempregados, déficit fiscal mais alto e economia estagnada" - Julio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia
Este Governo vai deixar "uma brutal crise fiscal", obra da administração afastada do cotidiano do cidadão comum - Monica de Bolle, colaboradora do think tank direitista Millenium e colonista do Estadão em estado comatoso.
"Salários não podem ser uma variável de ajuste competitivo" - Rodolfo Nin Novoa, chanceler do Uruguai
"O Presidente do Banco Central - um dos açougueiros do tal neolibelismo - disse que 'a espinha dorsal' da inflação foi quebrada. Faltou esclarecer que parte do mérito cabe à recessão induzida por Meirelles".
"Será que a FIE P já percebeu que vai pagar seu pato amarelo?"
"O vice-líder de Temer na Câmara (Beto Mansur) sugere para 2018 uma chapa Meirelles-Maia, não importa quem na cabeça e quem na vice."
"O capitão do dream team conduz um ajuste que nao tem como dar certo... A crise fiscal não é de gastos, é de receitas, mas o governo esconde o jogo" - André Perfeito, economista chefe da Gradual Investimentos
"A TLP cria dificuldades para o investimento de longo prazo com uma taxa de juros incompatível com um banco de desenvolvimento" - Thiago Mitidieri, presidente da associaçao dos funcionários do BNDES.
"O malogro de Meirelles preocupa seus acólitos. Graças aos juros altos, enchem as burras. O problema é o estresse político"
Em tempo: o editorial do Estadão, o Stédile e a própria Miriam admitem que, sem o calote da dívida, o próximo presidente não governa - PHA