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Míriam, a Argentina faz greve geral contra o Macri!

Governo tenta impôr negociações na marra!
publicado 30/04/2019
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Governo Macri buscou impedir greve com altas multas aos sindicatos (Créditos: Juan Ignacio Roncoroni/La Voz de Asturias)

Do Página 12, de Buenos Aires:

Greve de 30 de abril: um país contra o modelo do Cambiemos


"A greve será a mais importante dos últimos anos, o povo está desesperado", disse o líder caminhoneiro Pablo Moyano, em resposta às tentativas do governo de enfraquecer a paralisação e mobilização de hoje na Praça de Maio, convocada pelas centrais sindicais e também por coletivos do chamado "sindicalismo combativo". (...) O governo, por sua vez, busca impôr - em acordo com os sindicatos patronais - acordos de conciliação obrigatórios em setores diversos, em especial transportes, com ameaças de multas pesadas para os sindicatos que não aderirem.

Entretanto, dirigentes sindicais anunciaram, ontem à noite, seu rechaço às conciliações. Um alto número de sindicatos do setor de transportes confirmaram sua adesão à paralisação. Mais de 50 linhas de ônibus na capital e na região metropolitana de Buenos Aires não funcionam hoje.

A greve e a mobilização de hoje terão alto impacto em vários setores da economia, apesar das ameaças do governo e dos acordos selados com os setores empresariais visando desmobilizar os trabalhadores. Empresas aéreas não funcionarão, nem serviços de coleta de lixo. Docentes dos três níveis da educação - primário, ensino médio e ensino superior - aderiram à greve geral, tanto no setor público quanto nas escolas particulares. Os bancários também cruzaram os braços, ainda que os bancos privados tenham prometido ao governo "garantir o atendimento ao público". Os vários sindicatos de caminhoneiros, uma das principais forças da paralisação de hoje, não participaram da coleta de lixo nem realizaram transporte de combustíveis, correio, água ou outras cargas.

(...) "Os aviões não vão decolar hoje, não importa o que o governo faça", sustenta o secretário-geral da Associação de Pilotos de Linhas Aéreas, Pablo Biró. "Impedir o direito à greve é um delito".

(...) O governo Macri buscou impôr negociações salariais obrigatórias em áreas como transporte, estatais e comunicações, como forma de mitigar o impacto da greve. Todas essas medidas foram promovidas pelo ministro do Trabalho, Lucas Fernández Aparicio, e promovidas por pressão dos empresários. (...)

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