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Morador da periferia tem 10 vezes mais risco de morrer por Covid

Em SP, epidemia se espalha para periferia
publicado 29/04/2020
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Crédito: Rede Globo

Pesquisa da Prefeitura de São Paulo mostra que a mortalidade por Covid-19 na capital paulista é até 10 vezes maior em bairros com piores condições sociais.

Para a análise, segundo o G1, a prefeitura distribuiu os distritos da cidade em três grupos: áreas de inclusão social, áreas de exclusão nível 1 e áreas de exclusão nível 2. Os critérios utilizados levam em conta indicadores de autonomia, qualidade de vida, desenvolvimento humano e equidade.

De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (28/IV), nas áreas com piores indicadores sociais, o risco de morrer por Covid-19 é maior para todas as faixas etárias acima de 30 anos. A maior diferença foi verificada na faixa etária de 40 a 44 anos: neste grupo, o risco de morrer por conta do coronavírus foi 10 vezes maior entre os moradores da área de exclusão do que aquele dos residentes na área de inclusão social.

A maior proporção de mortes em pessoas com mais de 60 anos, em relação ao total da população do distrito nesta faixa etária, foi verificada nos distritos periféricos de Campo Limpo, Parelheiros, Itaim Paulista e São Miguel Paulista, enquanto os distritos com menor proporção são Pinheiros, Vila Mariana e Santo Amaro, todos localizados em regiões nobres da cidade.

Paraisópolis acolhe moradores

Em uma das maiores comunidades de São Paulo, com 100 mil habitantes, foram preparadas duas casas de acolhimento para infectados pelo coronavírus.

"O projeto surgiu a partir da necessidade de fazer isolamento na comunidade, pois é praticamente impossível fazer quarentena com casas pequenas e número de familiares grandes", diz o líder comunitário Gilson Rodrigues.

" Aqueles que não possam cumprir isolamento em suas casas, pela convivência muito próxima com parentes idosos ou do grupo de risco (diabetes, problemas cardíacos e renais crônicos, HIV, tuberculose, hipertensão, etc) serão direcionados pelos profissionais das UBS locais para as “casas” pelo período da quarentena de 15 dias", esclarece Rodrigues.