Moro tem Guedes e a Globo nas mãos: vai encarar?
Documento da Receita: Guedes botou dinheiro de funcionários públicos em empresa trôpega (Reprodução: Carta Capital)
André Barrocal publica outra extraordinária reportagem na Carta Capital.
O título já anuncia uma bomba de muitos megatons acima das tramoias do motorista da família bolsomínima...
"Chicago Boys em apuros".
"Às vésperas da posse de Bolsonaro, o superministro Paulo Guedes está na mira da Polícia por suspeita de gestão fraudulenta ou temerária da grana dos fundos de pensão".
Em 2009, o líder dos Xi! Cago Boys abriu um fundo de investimentos - FIP BR Educacional.
O FIP tomou uma grana dos fundos de pensão - muitos deles também vítimas de estrepolias do ínclito banqueiro: Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (da Caixa), Postalis (dos Correios) e até o BNDESpar do BNDES entrou na roda.
O objetivo do FIP era aplicar em empresas da área de educação - em que ele Guedes já tinha operado, com o IBMEC, e em que opera o Ministrário Gilmar Mendes.
Acontece que o FIP botou a grana dos funcionários daquelas instituições estatais numa empresa que dava colossais prejuízos - a HSM.
E aí começam as dúvidas inconvenientes do Barrocal:
- por que o Guedes botou dinheiro numa empresa que tinha um futuro sombrio pela frente, a HSM?
- ele sabia que o grupo de televisão do Rio Grande do Sul, a Globo de lá, o grupo RBS era sócio da HSM?;
- não é estranho que na HSM esteja também uma GeoEventos, empresa da Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção)?;
Guedes era na ocasião - e foi até este ano - colunista da revista Época e do jornal O Globo.
Precisa desenhar?
O pequeno problema é que Guedes está às voltas com a Lei.
Não as leis do mercado, que domina sobejamente, mas a lei que deriva do Ministério Público Federal e da Polícia Federal que, agora, ficará sob imenso chapéu do Presidente da Justissa, o Judge Murrow.
Guedes é investigado (quer, dizer, se for...) por gestão fraudulenta ou temerária de instituição financeira (o FIP BR) e pela emissão ou comércio de papéis sem lastro.
São delitos previstos na lei de crimes contra o sistema financeiro e podem dar de dois a doze anos de cadeia.
(Se o Moro achar que vem ao caso...)
O Xi! Cago Boy faz parte da turma que caiu na Operação Greenfield, na virginal companhia de Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Alves e o doleiro Lúcio Funaro.
Tudo a mesma sopa, diria o Mino Carta!
PHA